Crianças entre cinco e 11 anos podem finalmente ser vacinadas contra a COVID-19 em Minas Gerais a partir de sábado (15/01). A previsão é de Fábio Baccheretti, secretário de Saúde do estado, a partir da previsão da chegada de uma primeira remessa enviada pelo Ministério da Saúde na manhã desta sexta-feira (14).
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O estado vai obedecer a nota técnica do Ministério da Saúde e sugere que os municípios sigam a ordem de prioridades na aplicação de doses. Em um primeiro momento, crianças com comorbidades, indígenas e quilombolas, por exemplo, serão contempladas com a vacina contra o coronavírus.
“Ainda é uma parte, 110 mil doses. A expectativa mudou, o governo federal aumento para 4,3 milhões de doses para distribuição em janeiro, eram 3 milhões e 700, houve um acréscimo, a gente deve receber mais do que o previsto na última coletiva. As 110 mil doses iniciais, vai chegar a nota técnica junto, mas expectativa de crianças de cinco a 11 com comorbidades, deficiências permanentes, quilombolas, indígenas, são grupos prioritários de 11 a cinco anos. Vamos receber essa nota técnica do Ministério da Saúde junto das vacinas e a gente sempre respeitou essa nota técnica. Então, oficialmente a partir de sexta-feira, ou seja, sábado a gente já pode ter a primeira criança de cinco a 11 anos vacinada no estado de Minas. É um motivo de comemoração, e a gente tem que vacinar nossas crianças de cinco a 11 anos”, completou o secretário.
Segundo dados do governo de Minas, o estado tem 78,2% da população total imunizada com a primeira dose da vacina contra a COVID-19 e 73,37% com a segunda ou com a dose única. A cobertura da dose de reforço é bem menor em relação aos outros dois dados: 17,24%.
COVID-19 em alta novamente
A vacinação de crianças entre cinco e 11 anos é um alívio em meio a um novo aumento do número de casos de COVID-19 não somente em Minas Gerais, como em todo Brasil. Um exemplo disso é que o número de novos diagnósticos positivos em janeiro de 2022 é quase cinco vezes maior do que em dezembro de 2021 - 87.333 contra 18.089.
Também nesta semana, um dado chamou atenção. Nessa quarta-feira, Minas teve o recorde de novos casos de coronavírus em 24 horas, com 18.153 mil novos registros - o maior era de abril de 2021, 16.479. O estado tem um total de 2.311.318 casos confirmados desde o início da pandemia, sendo que 81.844 seguem em acompanhamento, 2.172.706 se recuperaram e 56.768 foram a óbito.
O novo aumento de casos é visto com preocupação por Fábio Baccheretti e por Minas. O secretário afirma que o momento é de atenção, mas, até então, os indicadores permanecem em situação controlável.
"Apesar de termos vários casos novos, não estamos tendo internação de casos graves em nenhuma proporção. Deve acontecer um aumento mas ainda não estamos sentido porque ele deve ser um aumento muito menor do que o número de casos, sem nenhuma comparação com o ano passado, onde não havia vacinas e a cepa era uma cepa Gama, em março e abril do ano passado, que era muito letal. Então, o que estamos vendo ainda é que não há nenhuma relação de casos novos com internações", afirmou o secretário.
Baccheretti, contudo, estima que a tendência é que o número de casos continue a subir de forma aguda e atenue somente no fim de janeiro. "A expectativa nossa continua que nas próximas duas semanas a gente atinja o pico, duas três semanas, então vamos continuar subindo, com casos novos, uma contaminação muito aguda como estamos vendo".
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