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Estado de Minas COLAPSO

Kalil tenta desbloqueio de R$ 4,3 milhões para retorno dos ônibus às ruas

Empresários alegam crise econômica e dificuldade para compra de diesel e para quitar salários; prefeitura precisa do aval do MP para uso dos recursos


13/01/2022 15:33 - atualizado 13/01/2022 16:52

reunião
Kalil e empresários do setor de ônibus se reuniram no Centro Integrado de Operações (COP-BH), no Buritis (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Depois de empresas de ônibus incluídas no sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte declararem colapso por falta de óleo diesel em seus estoques e viabilidade financeira para contínua aquisição do combustível, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) afirmou em entrevista coletiva que as linhas podem voltar normalmente nesta sexta-feira (14/1). 

A informação foi repassada na tarde desta quinta-feira (13/1) após reunião com as empresas de ônibus e o  Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH). 

Ele disse disse que a administração municipal tem dinheiro retido do SetraBH. 

''Estamos aqui com o sindicato e nos encaminhando para o MPMG para colocar o que se pretende, que é o desbloqueio do dinheiro do Setra-BH. É uma caução que as empresas colocam na prefeitura para que uma hora dessas seja usada'', disse.

 

Ele ainda pontuou que o dinheiro não pode ser usado pela PBH. "De acordo com o contrato, esse dinheiro é para momentos de desequilíbrio. Isso é contratual. Estamos nos encmunhando para o Ministério Público para efetuar o desbloqueio deste dinhiero do Setra para emergência".

O valor bloqueado é de R$ 4,3 milhões, referentes a alguns recursos travados na Justiça. ''Sem aval do MP, não vamos assumir esse tipo de coisa. Temos a palavra do Setra de que os carros voltarão amanhã e vamos aguardar ", acrescentou Kalil, que tem reunião agendada nesta quinta-feira (13/1) com o procurador-geral do MP, Jarbas Soares Júnior, para tratar o tema.

Colapso


A Viação Transoeste informou que suspendeeu suas atividades por tempo indeterminado, a partir da manhã desta quinta-feira (13/01). A empresa conta com 88 veículos no sistema da BHTrans.

A Transoeste opera 28 linhas sendo 5 compartilhadas e uma da rede de domingo. Atende as regiões central, área hospitalar, centro-sul, BH Shopping e Anel Rodoviário. A empresa atende linhas como a 32 e 35 (Estação Barreiro/Centro), 303 (Estação Diamanta/Santa Cecília), 304 (Estação Diamante/Jatobá), 3250 (Estação Diamante/Buritis), 3350 (Estação Diamante/Estação Barreiro), entre outras.

Por sua vez, o Consórcio Dom Pedro II, responsável por 18 veículos, argumentou que seus estoques de óleo diesel conseguem operar até o próximo domingo (16/01), que sem uma alternativa, suspendem suas atividades a partir da próxima semana.

Além dos insumos, como o óleo diesel, que vem sofrendo aumentos constantes, as empresas relataram que vem tendo enorme dificuldade manter os salários de seus funcionários em dia.

 

O presidente do conselho do Setra-BH, Robson José Lessa de Carvalho, disse que os recursos - caso sejam liberados - serão usados para abastecer os ônibus e quitar débitos com os funcionários. 

 

"A primeira ação a ser feita é comprar óleo diesel para essas empresas que estão paradas e pagar a folha, pois algumas empresas que estão paradas ainda não conseguiram realizar a folha. Essa é a emergência número 1.  Precisamos que esses ônibus voltem a operar, pois a população está sendo prejudicada".

 

Ele reafirmou o compromisso feito com a prefeitura de que os veículos parados retornarão ao serviço nas primeiras horas desta sexta-feira (14/1). 

 

"Foi uma das exigências do prefeito na negociação. Ele estaria empenhando todos os esforços para liberar os recursos. Mas, em contrapartida, todos os ônibus deverão estar na rua amanhã. Toda nossa classe vai se unir para ajudar a empresa, de forma que ela volte a operar amanhã. As empresas consomem em torno de 10 mil litros de diesel por dia, então R$ 50 mil para rodar um dia", disse. 

 

 

Greve


Em dezembro, funcionários do transporte público entraram em greve exigindo reajuste salarial (INPC e perdas dos últimos anos), retorno do ticket nas férias, pagamento do abono 2019/2020 e fim da limitação do passe livre. A Justiça determinou que 60% dos ônibus rodassem na capital.

O movimento só teve fim depois que os servidores aceitaram proposta de 9% de reajuste salarial e no ticket-alimentação do setor patronal.


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