Agências bancárias de Belo Horizonte estão enfrentando fechamento temporário por suspeita de funcionários contaminados pela COVID-19. Segundo um levantamento aproximado, feito pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região, só nesta semana cerca de 50 agências de bancos privados suspenderam o atendimento e fecharam as portas.
Com a alta de casos em todo o estado, o fechamento temporário de agências também está frequente, entretanto, o Sindicato não tem dados oficiais de quantas são, quem são os colaboradores infectados ou para qual instituição financeira eles trabalham.
Segundo Ramon Peres, presidente do Sindicato dos Bancários, obter esses dados é essencial. "De posse dos números, conseguimos uma negociação mais real com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), indicando que os protocolos sejam mais rígidos neste momento, tentando impedir que a contaminação avance nas agências", diz.
"O fato é, com os números aproximados que conseguimos, já é possível perceber que os protocolos precisam voltar, parece que os bancos flexibilizaram."
Durante esta semana, foram cerca de 50 denúncias de funcionários infectados com COVID-19 ou Influenza, além de 50 agências fechadas em BH e Região Metropolitana. Esses números, porém, não foram fornecidos oficialmente pelas instituições financeiras.
Durante esta semana, foram cerca de 50 denúncias de funcionários infectados com COVID-19 ou Influenza, além de 50 agências fechadas em BH e Região Metropolitana. Esses números, porém, não foram fornecidos oficialmente pelas instituições financeiras.
Uma reunião com a Fenaban está marcada para a próxima terça-feira (18/1) e o sindicato quer expor a necessidade de voltar com os regras de antes.
"Lá no início da pandemia tivemos uma conversa e negociamos protocolos rígidos, como redução do horário de atendimento, rodízio de funcionários, limitar o número de clientes dentro das agências, reforço do uso de máscara e álcool. Além de fechar a agência para a devida sanitização, quando houver um colaborador infectado", explica Ramon.
"Lá no início da pandemia tivemos uma conversa e negociamos protocolos rígidos, como redução do horário de atendimento, rodízio de funcionários, limitar o número de clientes dentro das agências, reforço do uso de máscara e álcool. Além de fechar a agência para a devida sanitização, quando houver um colaborador infectado", explica Ramon.
Um dos bancos que está com unidades fechadas é o Bradesco e, segundo afirmam em nota, se um funcionário se infectar, as equipes são imediatamente afastadas. "Em casos de confirmação de COVID-19 de algum funcionário, o Bradesco faz o afastamento imediato de toda a equipe daquela unidade e opta pelo fechamento temporário da agência para a realização do processo de sanitização".
A atitude de um, porém, não é regra geral. Segundo o Sindicato, cada banco tem um procedimento diferente e, já ocorreram casos em que os acordos sanitários não eram cumpridos.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também não tem um levantamento disponível sobre os casos COVID-19 entre os bancários, mas afirma que têm sido reportados 'da elevação, no setor bancário, do número de casos de contaminações pela nova variante da Covid-19' e que todos os bancos estão mantendo rigor nas medidas.
"A Febraban ressalta que os bancos mantêm o rigor nas medidas sanitárias não sendo verdadeira a afirmação de que houve relaxamento nos protocolos adotados. Além disso, continuamos dialogando com os sindicatos sobre todas as etapas de evolução da pandemia", afirma a federação em nota.
O Estado de Minas também procurou a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aguarda retorno.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz