Uma represa que servia como reservatório de água na fazenda São Sebastião, no Bairro Tanque, em Ouro Fino, no Sul de Minas, se rompeu na manhã desta sexta-feira (14/1). De acordo com a Polícia Militar do Meio Ambiente, somente pastagens, sub-bosques de floresta de mata atlântica e uma estrada vicinal que liga à zona rural foram atingidos e ninguém se feriu.
Foi atingida também uma ponte que faz limite entre os municípios de Ouro Fino e Inconfidentes, via zona rural no Bairro Tanque. O local foi interditado imediatamente e recebeu sinalização pela Defesa Civil de Inconfidentes.
A barragem tinha tamanho, aproximado, de 45 mil metros quadrados de área inundada, com cerca de 112 mil m³ de água.
Em nota, a Prefeitura Municipal de Ouro Fino afirmou que a Defesa Civil esteve presente no local juntamente com a Polícia Ambiental, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e demais autoridades competentes para tomar quaisquer medidas que fossem necessárias.
“O rompimento da Barragem ocorreu na “represa do Delvo”, fotos antigas começaram a circular nas redes sociais e uma possível enchente geral assustou toda população. A Barragem estourou, sim, o prejuízo infelizmente ocorreu, peixes morreram, vegetações, porém residências não foram atingidas, nem moradores, inclusive os órgãos competentes voltarão na semana que vem ao local, para averiguar e resgatar pelo menos um pouco da perca ambiental. A Prefeitura agradece todo o empenho das autoridades e tranquiliza moradores”, afirmou a Prefeitura.
Fiscalização em 2020
De acordo com a Polícia Ambiental, no dia 18 de setembro de 2020, uma equipe do 3° Gp MAmb de Ouro Fino realizou uma fiscalização no local e identificou a irregularidade da construção da barragem. Na época, foi lavrado um auto de infração e o local chegou a ser embargado. A fazenda é de propriedade de um morador da cidade de Ouro Fino; ele não foi encontrado pela polícia.
“Cabe ainda ressaltar que na data da primeira fiscalização não havia um acúmulo considerável de água na barragem. A ocorrência se encontra em andamento para apuração de demais crimes ambientais que possam ter ocorridos, pois nos locais por onde a água passou ainda há um certo acúmulo impedindo o acesso da guarnição”, afirmou a PMMA.
(Iago Almeida / Especial para o EM).