A dificuldade de quem precisa dos serviços das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) de Belo Horizonte continua.
Pacientes com sintomas gripais seguem aguardando por horas na fila do atendimento.
A auxiliar veterinária Doralice Cristina Silva Tomé, de 33 anos, ficou mais de seis horas deitada nas pernas da filha. Isso sob o calor de 30ºC. "Só consegui ficar deitada devido às dores forte nas pernas", contou.
Ela relata que chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste, no Bairro Vera Cruz, às 9h e conseguiu atendimento às 15h30.
A auxiliar veterinária disse que nem mesmo tentou se sentar porque estava receosa por conta do número de pessoas que encheram a parte interna da UPA. "Eu não queria ficar lá dentro, preferi ficar do lado de fora. Se eu não estiver com COVID, poderia acabar pegando se ficasse muito perto", disse.
Doralice procurou a unidade de saúde com dores musculares, febre, tosse e falta de ar. Os sintomas começaram nessa sexta-feira. Ela conta que a suspeita do médico é de gripe, influenza ou COVID.
Doralice contou que percebeu que pessoas ao seu redor estavam com sintomas parecidos. ''Até mesmo crianças'', lamentou. ''Está demorando muito para atender. Mas o médico me tratou super bem", pontuou.
O que diz a PBH
O que diz a PBH
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, informou que hoje, a UPA Leste funciona com quadro completo: com 6 clínicos, 2 pediatras, 1 ortopedista e 1 cirurgião.
"A unidade registrou, entre 7h e 16h, 285 atendimentos neste sábado, a maioria classificados como não urgentes (verde). O tempo de espera varia de acordo com a gravidade do caso", informou por nota.
"A unidade registrou, entre 7h e 16h, 285 atendimentos neste sábado, a maioria classificados como não urgentes (verde). O tempo de espera varia de acordo com a gravidade do caso", informou por nota.
Segundo a administração municipal, uma das estratégias anunciadas pela Prefeitura para atender à alta procura foi a ampliação do horário de funcionamento, inclusive aos finais de semana, de 9 centros de saúde - um por regional, para o atendimento a pacientes com sintomas respiratórios. "Desde o dia 1, já atenderam a mais de 10 mil pessoas", acrescentou.