A ocupação de leitos exclusivos para pacientes com COVID-19 está quase no limite no Hospital Santa Casa BH, no Bairro Santa Efigênia, região hospitalar da capital.
A unidade dispõe de 124 leitos somando-se enfermaria e Centro de Terapia Intensiva (CTI). Dos 84 leitos de enfermaria que o hospital tem, 97,6% estão ocupados nesta terça-feira (18/1). Com relação aos 40 leitos de CTI, 97,5% registraram ocupação.
A Santa Casa BH informou que, nesta quarta-feira (19/1), outros 38 leitos de enfermaria serão disponibilizados, totalizando 162 leitos (122 leitos de enfermaria e 40 de CTI).
O superintendente de Gestão e Planejamento Assistencial da Santa Casa BH, o médico Pedro Macedo Souza, explicou que, na verdade, nem todos os casos são de COVID-19. “A maioria dos que têm Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão com testes negativos de COVID, então pode ser influenza, pneumonia ou outros casos”, informou.
Aumento explosivo
Ele disse não saber o perfil dos internados, como se estão vacinados ou não, mas ressaltou que a explosão de internações começou a ocorrer nas últimas três semanas. “Até dezembro ainda tínhamos leitos de CTI desmobilizados para COVID. Estava diminuindo. Aumentou mesmo na última semana de dezembro e agora nas duas primeiras semanas de janeiro. De forma bem rápida e os pacientes internados em CTI estão tão graves quanto das outras vezes”, acrescentou.
Cronologia de ocupação dos leitos para SRAG:
04/01/2022
CTI: 67% ocupação
Enfermaria: 85% ocupação
10/01/2022
CTI: 90% ocupação
Enfermaria: 85,50% ocupação
18/01/2022:
CTI: 97,5%
Enfermaria: 97,6%
No último domingo, 10 leitos de CTI foram mobilizados para pacientes com a síndrome respiratória. O número total de 40 ainda é baixo se comparado ao pico da pandemia, quando o hospital chegou a ter mais de 100 leitos exclusivos para COVID, segundo o superintendente.
“Essa possibilidade de ser como antes existe, não tem como falar que não tem chance de acontecer porque não temos controle, mas imagino que do mesmo nível que aconteceu das outras vezes, acho que não, porque temos muita gente vacinada hoje. O que estamos vendo é a velocidade da doença, uma expansão grande de casos, todos chegando de uma vez só”, ressaltou Pedro Macedo.
Por isso, o médico deixa um recado aos moradores de BH: “a gente consegue ser mais otimista, tratar melhor a doença, a gente aprendeu muita coisa nos últimos dois anos com os pacientes de Covid, mas, por outro lado, não podemos abaixar a guarda. É preciso manter as medidas de higiene e procurar medidas de distanciamento”, alerta.
Casos de COVID
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As medidas de segurança e proteção seguem essenciais: máscara tampando boca de nariz, de boa qualidade, higienização das mãos e ficar longe de aglomerações
Mortes não avançam
Em contrapartida, o número de mortes segue baixo no estado. No boletim de hoje (18/1), foi confirmada uma morte pelo vírus. De acordo com especialistas, é reflexo da vacinação em massa no estado.
De março de 2020 até hoje, o estado acumula um total de 2.383.041 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. No total, já são 56.833 os mortos pela doença em Minas.
Até o momento, 2.204.182 mineiros se recuperaram do COVID no estado, enquanto 122.026 seguem em acompanhamento, ou seja, casos confirmados de COVID-19 que não evoluíram para óbito, mas cuja condição clínica permanece sendo acompanhada, ou aguardando atualização pelos municípios.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Ricci
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