O chef Remo Peluso, de 74 anos, que morreu em decorrência de complicações da COVID-19 na noite dessa quinta-feira (20/1), será cremado na tarde desta sexta-feira (21/1), em Belo Horizonte.
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Atenção: pode chover granizo em BH nas próximas horasMorre a educadora Emília Pimentel em decorrência de um AVCBar em BH desaba, carro é engolido e três são soterradosO velório acontece no Metropax, localizado na Avenida do Contorno, 3000, no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul da capital, até as 15h30. Em seguida, o corpo segue para o crematório em cerimônia reservada aos familiares.
Remo Peluso era proprietário de um dos restaurantes mais renomados da capital mineira, o Provincia Di Salerno, localizado na Rua Maranhão, Bairro Santa Efigênia. O estabelecimento foi fundado em 1983.
O chef era filho dos italianos Theodoro B. Peluso e Anella Peluso. Aprendeu vários segredos da cozinha desde cedo, já que o pai era dono de uma fábrica de massas, o Pastifício Peluso, e uma padaria.
Antes de se tornar chef, Remo se formou em Direito e até começou uma especialização em Direito Penal, em Roma. Porém, chegando à Itália abandonou o curso e foi estudar com o renomado chef Bruno Crocci, do Bella Roma, considerado uma de suas referências na gastronomia. Ao voltar para o Brasil, decidiu criar o restaurante Província Di Salerno.
Remo era tio do chef Paolo Peluso, de 41 anos, que também faleceu em decorrência da COVID-19 em 28 de dezembro. Paolo era o dono do Anella Ristorante, também de comida italiana, localizado na Região da Pampulha.
'Vai deixar saudade'
O irmão mais novo do chef, Teodoro Peluso, disse que Remo vai deixar muita saudade.
“Ele foi uma pessoa muito importante para todos nós. Sempre teve muito carinho com todos os irmãos e sempre foi muito amado por todos os amigos. Ele foi uma pessoa que curtiu a vida, soube viver a vida de acordo com o que ela podia oferecer. Aproveitou, teve muitos momentos felizes.”
Teodoro destaca também a contribuição do irmão para manter as tradições vindas da Itália.
"Ele sempre teve muito prazer em mostrar e apresentar as tradições italianas. Adorava cantar, gostava muito de música, era uma pessoa que vivia a vida. Estava sempre em paz.
Como profissional foi uma pessoa extremamente competente, construiu um restaurante que até hoje é sucesso.”
Ele ressalta ainda a falta que o chef fará à família. “Sempre foi muito carinhoso com todos nós. Tem duas irmãs minhas que vão sentir muita falta dele, Maria José e Elisabeta, que moravam junto com ele. A gente também, convivíamos muito no dia-a-dia, já que morávamos praticamente juntos. É uma perda lastimável, estou muito triste.”
Teodoro comentou também sobre o estado de saúde do irmão. “Foi uma coisa rápida. Então, ele não sofreu e isso é que é importante para quem sempre teve muitas alegrias. Acredito que isso deva ter sido muito importante para ele”, desabafou.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz