Com unidades de saúde sobrecarregadas, Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, irá implantar três centros de triagem para atender pacientes com sintomas respiratórios. Eles integram o plano de contingência divulgado nesta sexta-feira (21/1) pela administração municipal.
A decisão foi tomada em meio a forte pressão do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) e a questionamentos do Conselho Municipal de Saúde, diante da crescente confirmação de novos casos de COVID-19.
A média diária saltou de cinco em dezembro para 45 em janeiro, segundo o painel de monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) de hoje.
Desde 1º de janeiro, 949 pessoas testaram positivo para a doença. O número é 468% maior que todo o mês de dezembro. Em dados gerais, já são 22.873 confirmações na cidade e 663 vidas perdidas desde o início da pandemia.
A proposta é implantar os centros em diferentes regiões. “O que favorece o deslocamento dos cidadãos em busca de atendimento”, explicou em nota a prefeitura. Todos os três começam a funcionar nesta segunda-feira (24/1).
Criando espaços específicos, o município também espera evitar o contato dos sintomáticos respiratórios com pacientes de outras doenças.
São eles:
- Centro de Triagem Sudeste: será implantado no estacionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto Cordeiro Martins, que será tratada de Upa Lateral. O horário de atendimento da Upa Lateral será de segunda a segunda, de 10h às 22h. Fora deste horário, os pacientes serão atendidos pela entrada principal da Upa.
- Centro de Triagem Norte: será implantado no Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) São Sebastião, localizado na rua Orsini Gomides Campos nº 150, Bairro São Sebastião. O local funcionará de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h.
- Centro de Triagem Central/Sudoeste: será implantado na Escola Municipal Oribes Batista Leite, localizada na rua Itambé nº 81 no Bairro Ipiranga. O local funcionará de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h.
Outras medidas
O plano também prevê a retomada do TeleCovid para monitoramento dos pacientes. O município disse que irá acionar o Ministério da Saúde para reativação do projeto que tem cobertura estadual.
Ele prevê o contato com profissionais de saúde por telefone, evitando o deslocamento até as unidades de saúde.
Ele prevê o contato com profissionais de saúde por telefone, evitando o deslocamento até as unidades de saúde.
Também será ativado o telemonitoramento. Neste caso, são feitos contatos com pacientes suspeitos ou confirmados para identificar outras pessoas que tenham tido contato com eles e, assim, orientar, por exemplo, sobre isolamento, cuidados.
“O rastreamento de contatos é uma medida de saúde pública que busca diminuir a transmissão de doenças contagiosas a partir da identificação de novas infecções resultantes da exposição a um caso conhecido. Dessa forma, é possível isolar novos casos e prevenir o surgimento de uma próxima geração de infecções a partir de um caso inicial”, explica a prefeitura.
Sem detalhar, a prefeitura informou que as medidas previstas no plano de contingência deverão custar R$ 200 mil ao município.
*Amanda Quintiliano - Especial para o EM
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