A manhã desta segunda-feira (24/1) começou caótica para os usuários do transporte público de Belo Horizonte, sobretudo aqueles que frequentam as estações Diamante e Barreiro.
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"Cheguei cedo e não passou um ônibus que me atenda. Como já estava atrasado, liguei para os meus patrões e eles disseram que eu não precisava ir mais", conta o porteiro.
A situação é semelhante à de Davidson Pereira da Silva, de 24 anos. "Fui liberado do serviço. Sem ônibus, não tem como eu chegar", diz o atendente de telemarketing.
Kellen Damares teve que recorrer aos carros de aplicativo para garantir a chegada ao trabalho - e acabou pagando caro.
"Já tinha gastado R$ 6,30 com um ônibus até a Estação Diamante. Chegando aqui, a segunda linha que eu pego não estava passando. Então eu chamei um Uber e vou pagar R$ 30", relata a assistente administrativa.
Longas filas se formaram em paradas de ônibus próximas às estações Diamante e Barreiro. Com a suspensão de ao menos 23 linhas, os passageiros tiveram que improvisar viagens em rotas alternativas.
Sem salário
Em contato com o Estado de Minas, os funcionários da TransOeste informaram que cruzaram os braços devido à falta de pagamento de salário e outros benefícios, como as férias.
A empresa alega dificuldades financeiras causadas pela redução do número de usuários ao longo da pandemia e aumento do preço do diesel.
Procurado pela reportagem, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) disse, por meio de nota, que está em contato com o consórcio Dez para tentar minimizar os impactos da paralisação.
A BHTrans não informou quais providências está tomando para contornar a situação, exceto que mantém agentes nas estações de ônibus para orientar os passageiros sobre opções alternativas de transporte.