Jornal Estado de Minas

COVID-19

Infectologista admite novo pico da COVID-19 entre 2 e 3 semanas

O avanço do coronavírus volta a ser um fantasma para a população do Brasil, sobretudo com a rápida disseminação da variante Ômicron nos primeiros dias de 2022. Apontada como preocupante, a piora nos números pode levar o país a um novo pico da pandemia dentro de duas ou três semanas, segundo especialistas, que alertam sobre a necessidade de adoção de medidas urgentes para frear o aumento da doença.




 
O laboratório Target Medicina de Precisão, que atua em Minas, registrou aumento na taxa de testes positivos de 10% para 62% nas últimas quatro semanas. Segundo as estatísticas coletadas pela unidade, o percentual de testagem positiva para COVID-19 nos últimos dias de 2021 já apresentou tendência de crescimento, com variação de 2% até 16% entre 22 e 30 dezembro, muito em função do relaxamento do isolamento social.

“Esse aumento reflete a grande incidência do vírus na nossa comunidade neste momento e só reforça a necessidade de estarmos em vigilância. E a previsão é de que teremos um novo pico da pandemia no início de fevereiro, o que já nos coloca em alerta devido à escassez de testes, muitos profissionais da área afastados com COVID e até mesmo um novo colapso no sistema de saúde”, alerta o infectologista e diretor médico da Target, Adelino de Melo Freire Júnior.

Na visão de Adelino de Melo, permanecer com as ações preventivas ainda é o melhor caminho para se prevenir da COVID-19: “Precisamos continuar com os cuidados essenciais para mitigar os riscos e a disseminação ainda maior do vírus. Além da higienização das mãos, é importante usar uma máscara de qualidade, manter o distanciamento social e completar o ciclo vacinal”.





Outra rede que faz testagem em Minas também registrou aumento preocupante de casos positivos. Dados do Laboratório Lustosa mostraram que houve um percentual de 44,7% de contaminados entre segunda-feira passada e o último sábado na região metropolitana de Belo Horizonte - é a maior proporção registrada pela rede em um ano. 

Entre os dias 10 e 15 deste mês, essa taxa de positividade ficou em 37,2%, enquanto 28% das pessoas testadas contraíram o vírus entre os dias 3 e 8.

Impacto nos números 

Minas Gerais registrou 9.046 casos e três mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas. Os números são inferiores ao que o estado registrou entre sábado e domingo, quando 41 mil mineiros testaram positivo para o vírus. Atualmente, mais de 180 mil pessoas estão sendo monitoradas nas residências ou unidades de saúde. Apenas 10 municípios não registraram mortes no estado. 

O Brasil vive cenário assustador em relação à expansão da doença, com 157 mil novos casos no sábado e outros 135 mil no domingo. A incidência de casos é de 11.481,3 a cada 100 mil habitantes. 

 

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