A cidade de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, jamais vai esquecer o rompimento da barragem de rejeitos da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale. Há exatos três anos, 272 vidas foram levadas pela avalanche de lama e, nesta terça-feira (25/1), é dia de relembrar o prejuízo causado na cidade, homenagear as vítimas e unir forças para localizar as seis joias que continuam desaparecidas.
Dom Vicente Ferreira que acompanhou o arcebispo, ressaltou a força da fé, que anda lado a lado da luta por justiça. “A Romaria sempre se orienta pela busca da memória dessa tragédia continuada de todas as vítimas dessa tragédia-crime da mineradora Vale, aqui em Brumadinho. Honrar o nome daqueles que foram vitimados e lembrar que foi um crime que nunca deveria ter acontecido e nunca mais pode acontecer. Não há reparação sem justiça. Quem está sendo responsabilizado? Outro dia, escutei uma senhora dizendo: 'A gente perdoa, mas quem está pedindo o perdão?'. Alguém disse: 'Eu sou o responsável?' Já são três anos! Nós temos que parar com esse negócio de minério e dependência, isso está fazendo um buraco na nossa natureza e no coração do nosso povo”, disse.
“A Romaria é para rezar e pedir força para Deus, mas é também pra denunciar e propor caminhos alternativos”, acrescentou. A cerimônia foi marcada pela dor dos familiares das vítimas.
Com o fim da missa, as pessoas presentes se uniram em uma caminhada até o letreiro de Brumadinho, onde haverá um ato em homenagem às 272 vítimas. O local, está tomado pela imagem de cada uma das joias levadas na tragédia. Seis delas ainda estão desaparecidas:
- Cristiane Antunes Campos
- Luis Felipe Alves
- Maria de Lurdes da Costa Bueno
- Nathalia de Oliveira Porto Araujo
- Olimpio Gomes Pinto
- Tiago Tadeu Mendes da Silva