Segundo o delegado Carlos Antônio Fernandes, da Delegacia Regional de Polícia Civil em Ituiutaba, que investigou o caso, além dos tiros, foi deixada no imóvel alvo da ação criminosa uma carta com ameaças ao chefe do executivo municipal e seus familiares.
As investigações indicam que a motivação do crime está ligada à negativa da prefeitura de prorrogação de um contrato de locação de imóvel pertencente ao suspeito apontado como mandante.
O delegado diz ainda que, no primeiro momento do trabalho investigativo, a equipe chegou à indicação de quem poderia ser o mandante. “Mas nós tínhamos que trazer isso para os autos do inquérito policial. Então representamos pela quebra de sigilos telefônico e telemático e identificamos a participação de mais duas pessoas. Conseguimos demonstrar que elas estiveram juntas antes, no momento e posteriormente ao crime.”
Em novembro do último ano, o suspeito de ser o executor foi preso em flagrante por crime semelhante - ele atirou contra uma concessionária -, quando também houve a apreensão de uma arma de fogo.
“Contamos com o apoio irrestrito do Posto de Perícia Integrado de Uberlândia e conseguimos comparar os fragmentos de projéteis disparados na casa da vítima, ou seja, dos pais do prefeito, com aqueles propelidos pela arma de fogo apreendida, concluindo se tratar da mesma arma”, diz ele.
A partir das provas técnicas e testemunhais obtidas no procedimento investigatório, que reúne mais de 400 páginas, o delegado representou à Justiça pelas medidas de prisão contra os dois homens investigados.
Nas buscas, os policiais civis apreenderam vestimentas e aparelhos celulares. “Esses materiais serão periciados e poderão trazer novas informações para o inquérito policial”, observa o delegado Fernandes.
A operação para o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão contou ainda com a participação de equipes da Regional em Ituiutaba e das Delegacias de Polícia Civil em Prata e Monte Alegre de Minas.