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Estado de Minas COVID-19

Divinópolis: lotados e com aglomeração, centros de triagem são denunciados

Conselho Municipal de Saúde alegou que falta de organização coloca em risco pacientes


26/01/2022 07:11 - atualizado 26/01/2022 13:49

Fila em UPA de Divinópolis
Os principais problemas foram identificados no centro de triagem que funciona no estacionamento da UPA (foto: Divulgação/Conselho de Saúde)
Vistoria feita por membros do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, aponta riscos nos centros de triagem montados para atender pacientes com sintomas respiratórios. Um ofício foi encaminhado ao Ministério Público, nessa terça-feira (25/1), pedindo o desarquivamento de procedimento já existente para apurar a situação.

Aglomerações e atendimento de pacientes com outras enfermidades no mesmo espaço foram as principais constatações dos conselheiros durante visita in loco realizada nessa segunda-feira (24/1).

As três unidades foram instaladas para desafogar postos de saúde e estão em funcionamento desde ontem.

Os problemas relacionados pelo conselho ocorrem, principalmente, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Lá, o centro de triagem foi montado no estacionamento e recebeu o nome de "UPA Lateral".

Entretanto, segundo os conselheiros, a porta de acesso para a triagem é uma só misturando pacientes diversos.

“Tal fato não se justifica devido a unidade de testagem na UPA ter orçamento, e por isso deve ter equipe independente com finalidade de não prejudicar o atendimento da unidade UPA”, alega o conselho no documento.

A prefeitura, ao anunciar o Plano de Contingência, informou que a execução, incluindo os três centros de triagem, custaria R$ 200 mil aos cofres públicos.


Desorganização

Outro problema relatado é a ausência de uma fila de prioritários. “O fato constatado neste primeiro momento colocou em risco desnecessário, crianças e idosos no local, além de todos os outros enfermos que não tinham até aquele momento uma doença respiratória”, consta no ofício.

Para o presidente do CMS, Warlon Carlos Elias, é necessário organização.  “Entendemos que o número ainda é insuficiente, falta pelo menos mais um centro. E é necessário ter alguém permanentemente garantindo o distanciamento e o uso de máscaras para garantir que quem não tem a doença não seja contaminado”, afirma. Ele também cobrou equipes completas para atendimento.


Investigação

Além da reabertura do procedimento, o Conselho de Saúde pediu reunião com os promotores responsáveis para detalhar os gargalos identificados. Ainda não há data definida.

A notícia de fato citada no ofício para desarquivamento aparece como “aberta” no site do Ministério Público. Ela foi instaurada para apurar a superlotação da UPA e eventual irregularidade no cumprimento das normas sanitárias. A última movimentação foi no dia 12 de janeiro.

Em nota, o Ministério Público confirmou o recebimento do ofício enviado pelo conselho e afirmou que "em princípio, não há indícios de omissão do município, que apresentou Plano de Contingência, recentemente implementado. O MPMG continuará acompanhando as demandas relativas à pandemia e atuando naquelas que exigirem a sua intervenção", afirmou.


Provisório

Para tentar reduzir o fluxo de pessoas nos centros de triagem, o município condicionou os atendimentos aos sintomáticos desde que se enquadre em um dos seguintes grupos: 

  • Casos de SRAG que exigem hospitalização devido a sintomas respiratórios;
  • Trabalhadores da saúde, ILPI's, educação e da segurança pública;
  • Gestantes e puérperas;
  • Indivíduos com condições clínicas de risco;
  • População ou grupo social de alta vulnerabilidade (indígenas, quilombolas, ciganos, circenses e população em condições de rua);
  • Pessoas não vacinadas ou com apenas uma dose de vacina.

“O fato de ter tido contato com alguém com COVID-19 não é público para atendimento nos centros de triagem. As pessoas passarão por uma triagem e, naqueles que não foram constatados sintomas, não será dado seguimento com o médico”, informa a prefeitura.

Mesmo lotados, a prefeitura informou nesta terça-feira (25/1) que eles funcionarão apenas por 10 dias. As atividades devem ser encerradas no dia 2 de fevereiro. A data poderá ser reavaliada. 
 

Os Centros de Triagem são:

  • Sudeste: Funciona no estacionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O horário de atendimento será de segunda a segunda, de 10h às 22h. Fora deste horário, os pacientes serão atendidos pela entrada principal da UPA.
     
  • Norte: Funciona no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) São Sebastião, na rua Orsini Gomides Campos, nº 150, bairro São Sebastião. O local funcionará de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h.

  • Central/Sudoeste: Funciona na Escola Municipal Oribes Batista Leite, localizada na rua Itambé, nº 81, no bairro Ipiranga. O local funcionará de segunda à sexta-feira, de 8h às 17h.
 


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