Jornal Estado de Minas

ENTREVISTA

Kalil pede para comércio de BH abrir no carnaval: 'Não haverá feriado'



Não haverá feriado de carnaval este ano em Belo Horizonte, anunciou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (26/1).

Em meio ao discurso, ele disse que, mesmo com os números preocupantes da pandemia, não deve fechar o comércio, mas vai endurecer as regras para eventos.





“Vamos continuar ampliando, não tem porquê fecharmos”, disse. “Não haverá feriado no carnaval”, afirmou.

Kalil fez um apelo aos comerciantes que funcionem normalmente durante o que seria o feriado. “Comércio: abram as portas. Queremos uma cidade normal no carnaval.”

Exigência de teste A partir de segunda-feira (31/1), para a entrada em todos os eventos realizados na capital será exigido, além do comprovante de vacinação, o teste negativo para a Covid-19. A medida é para diminuir a transmissibilidade do vírus.

“Quem não usar máscara, não limpar a mão, não tomou vacina, vai pagar o preço sim. O carnaval não tem nada marcado, os alvarás estão dentro da prefeitura. Já vamos obrigar teste e atestado de vacina no evento.”





Pandemia em BH

O aumento de casos de COVID-19 e a pressão nos leitos de internações fazem a Prefeitura de Belo Horizonte pensar na possibilidade de novas restrições na cidade.

A declaração foi feita nesta quarta-feira (26/1), quando o prefeito Alexandre Kalil (PSD), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e os infectologistas membros do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 se reuniram e concederam entrevista coletiva à imprensa para falar sobre o cenário da pandemia na capital.

Situação da pandemia

Em meio ao avanço da vacinação, a pandemia do coronavírus atinge sua fase mais crítica quanto à explosão de infectados. Nesta quarta-feira (26/1), Minas registrou novo recorde de casos em 24 horas e salto nas mortes. O estado superou, pela primeira vez na pandemia, a casa de 30 mil novos casos em 24h, com 36.383 ocorrências e o número de mortes mortes saltou de 11 na segunda-feira, para 62 ontem.




 
O panorama também é assustador em Belo Horizonte, que registrou 776 novos testes positivos em 24 horas em seu último balanço, divulgado ontem, evidenciando a expansão da doença na cidade.

Apesar da escalada de casos, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) foi às redes sociais ontem para descartar um novo fechamento do comércio não essencial na capital mineira. "Não haverá fechamento da cidade amanhã (hoje), mas a pandemia ainda não acabou", disse.

Porém, ele se reuniu nos últimos dias com o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, e com os infectologistas voluntários da prefeitura para discutir o avanço da pandemia na cidade.

Uma coletiva de imprensa está marcada para a tarde de hoje, na PBH, para que eles falem sobre os rumos da doença e de ações para seu controle no município.



 
Na semana passada, o secretário admitiu que a prefeitura poderia adotar medidas mais restritivas para tentar frear o avanço da doença, inclusive com o cancelamento de eventos de carnaval e vetar a presença de público em jogos de futebol. 

Conselheiro integrante do Comitê, o médico infectologista Unaí Tupinambás, já fez um apelo para que a população repense a postura de frequentar eventos com muita aglomeração, considerados como 'superespalhadores' de coronavírus.

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