Com o avanço dos casos de COVID-19 e a chegada da variante ômicron em Sete Lagoas, o Comitê Local de Enfrentamento da COVID decidiu suspender a emissão de alvarás para eventos carnavalescos na cidade.
A norma vai de acordo com o Decreto nº 6724 publicado no Diário Oficial de terça-feira, 18, e que altera o Decreto Nº 6.629, de 3 de setembro de 2021.
Os decretos estabelecem novas regras que pretendem evitar a disseminação do coronavírus e diminuir os casos de infecção gripal em Sete Lagoas. Para isso, ficam suspensos os alvarás para qualquer evento carnavalesco em locais abertos ou fechados. Além disso, determina a volta do uso obrigatório de máscaras em locais abertos.
Apesar do baixo índice de hospitalização nas unidades de saúde públicas e privadas, a decisão do comitê tem caráter preventivo e segue a tendência de municípios não só de Minas Gerais, mas de todo o Brasil.
“Apesar do efeito altamente positivo da vacinação em massa realizada pela Prefeitura, temos que ser prudentes. Este aumento de casos pode ser reflexo do relaxamento natural das pessoas e até das festas de fim de ano. Temos que evitar uma situação mais grave”, avaliou o prefeito Duílio de Castro.
De acordo com a prefeitura, a decisão foi tomada 45 dias antes da festa para que promotores de eventos, blocos, casas de festas e clubes não percam investimentos com os preparativos de eventuais festas que poderiam ter sido agendadas.
O Carnaval é uma festa diferente, onde existe aglomeração em vários pontos da cidade. Além disso, Sete Lagoas poderia atrair foliões que viriam de outros municípios onde essa comemoração já foi cancelada”, justificou o secretário municipal de Saúde, Dr. Flávio Pimenta.
Carnavalescos compreendem a situação
Apesar da suspensão de suas principais atividades, há carnavalescos em Sete Lagoas que concordam com a decisão. Em entrevista ao site Sete Dias, eles relataram sobre o ocorrido.
Fredy Antoniazzi, um dos fundadores do Bloco Boa Vista, o carnaval setelagoano deve seguir a lógica do cancelamento para proteger a população. Mas ele completa que a proibição deveria ser para todos os setores .
"O problema está justamente na penalização dos eventos culturais e a liberação total de bares e eventos sociais, que deverão estar lotados no verão e no carnaval, mesmo com os hospitais lotados com o Covid. O Poder Público precisa fiscalizar melhor para diminuir os danos e não podemos esquecer das pessoas que sobrevivem de festas tradicionais. E sou totalmente favorável ao controle acesso aos eventos particulares através do passaporte de vacinas", considera.
Já a carnavalesca, Nana Andrade integrante do Bloco do Bloco e do Coletivo Várias Marias, todo cuidado é bem-vindo.
"Tratando-se de Sete Lagoas, a gente vê aí que esse conservadorismo e negação da real situação em que vivemos é muito evidente e expressiva, eu acho extremamente acertado o decreto que veta manifestações e festividades de carnaval”, declarou.
Leia mais sobre a COVID-19
Confira outras informações relevantes sobre a pandemia provocada pelo vírus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infográficos e vídeos falam sobre sintomas, prevenção, pesquisa e vacinação.
- Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil e suas diferenças
- Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
- Entenda as regras de proteção contra as novas cepas
- Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
- Os protocolos para a volta às aulas em BH
- Pandemia, endemia, epidemia ou surto: entenda a diferença
- Quais os sintomas do coronavírus?
Confira respostas a 15 dúvidas mais comuns
Guia rápido explica com o que se sabe até agora sobre temas como risco de infecção após a vacinação, eficácia dos imunizantes, efeitos colaterais e o pós-vacina. Depois de vacinado, preciso continuar a usar máscara? Posso pegar COVID-19 mesmo após receber as duas doses da vacina? Posso beber após vacinar? Confira esta e outras perguntas e respostas sobre a COVID-19.