Jornal Estado de Minas

SAÚDE DOS OLHOS

Araxá vai fazer 465 cirurgias gratuitas de catarata em 2022

Araxá, no Alto Paranaíba, iniciou nesta semana a realização de cirurgias de catarata em pacientes da rede pública. A ação busca atender a demanda reprimida de pessoas que aguardam pelo procedimento. Ao todo, 465 cirurgias serão realizadas em 2022.




 
Os primeiros 93 pacientes foram avaliados na Unisa e as cirurgias estão sendo realizadas na Santa Casa de Misericórdia da cidade, entre os dias 25 e 27 de janeiro.
 
A coordenadora do Setor de Regulação da Secretaria de Saúde, Marta Aparecida Alves, detalha que cinco oftalmologistas foram credenciados para atender a demanda.
 
“A cidade tem uma demanda reprimida de cerca de 500 pacientes que já estão em uma lista de espera. São pacientes que já passaram pelo médico da rede pública e que tiveram a indicação de cirurgia. Ou seja, o procedimento é voltado apenas aos pacientes atendidos através do Sistema Único de Saúde”, enfatiza.
 
Durante o ano, a secretaria entrará em contato com os pacientes cadastrados, gradativamente, para que eles possam ser encaminhados para uma nova avaliação e, posteriormente, à cirurgia.




A catarata

O principal sintoma da doença é a distorção da visão, que fica embaçada. Na cirurgia, o cristalino do olho pode ser substituído por lentes artificiais transparentes. O oftalmologista João Roberto Alvarenga Machado explica como o procedimento retoma a qualidade visual.
 
"É uma cirurgia realizada através de um procedimento chamado facoemulsificação com implante de lente intraocular dobrável. A cirurgia é feita com anestesia local. Após o procedimento, que dura em torno de 30 a 40 minutos, o paciente já pode voltar para sua casa, sem necessidade de internação", explica o médico.
 
Para a aposentada Janete Araújo Rocha, que está entre os pacientes contemplados na primeira etapa de cirurgias no município, a correção da catarata significa qualidade de vida, segurança e mais autonomia.
 
“Soube que precisava da cirurgia em março de 2020. Aos poucos, fui perdendo ainda mais a visão a ponto de ter que abrir mão de algumas atividades como costurar, bordar ou até mesmo andar sozinha à noite, por receio de sofrer alguma queda. Agora poderei exercer minhas atividades com mais segurança, sem depender de outras pessoas”, comemora.
 




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