O retorno presencial às aulas da rede estadual de ensino está mantido para o dia 7 de fevereiro. A informação foi confirmada pelo governador Romeu Zema (Novo) e o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta quinta-feira (27/1). Eles ressaltaram que o público desta faixa-etária estará mais seguro dentro das escolas, em um ambiente mais controlado, do que fora delas.
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“A grande maioria desses jovens estão vacinados. É muito mais arriscado esses jovens estarem em clubes, jogando bola, na rua etc, do que dentro das escolas, que é um ambiente que tem controle”, completou o governador.
Ele apontou ainda que vai ser observado o número de casos durante este período. “Estamos muito conscientes de que nós estamos fazendo o certo. Vamos voltar às aulas e ver se o número de casos vai cair ou subir mesmo em crianças. A nossa previsão é que caia porque o ambiente é mais seguro e o processo de vacinação está avançando”, disse.
Vacinas sobrando
O secretário completou a fala do governador, dizendo que apesar de não ter o dado oficial do número de crianças vacinadas, foi percebido que há imunizantes sobrando e que os pais não estão levando os filhos para receber a aplicação e se protegerem.
“Esperamos que tenhamos doses suficientes para mais de 1,8 milhão de crianças até o final de fevereiro e que todos os pais entendam que o melhor jeito de proteger o seu filho, e todos da sua família, é vacinando. Nossa expectativa é que isso melhore com a conscientização, com as pessoas percebendo que são fake news dizendo que a vacina é perigosa e agora com a inclusão da CoronaVac, vamos vacinar o mais rápido possível”, ressaltou.
Ele reforçou ainda que a recomendação da secretaria é de que os municípios não adiem a volta por causa da vacinação. “Nós temos que lembrar o seguinte, isso é muito importante: achar que a escola é um ambiente menos seguro do que fora dela é errado. As crianças estão adoecendo em dezembro e janeiro por causa das férias”, afirmou.
Baccheretti ainda exemplificou: “Goiás, por exemplo, iniciou as aulas no início de janeiro e não houve aumento de casos por causa das escolas, sendo que teve o maior pico da ômicron. Temos que olhar a escola como um ambiente seguro.”
“Essas tratativas, a secretaria de Educação está fazendo com os municípios, irá fazer com Belo Horizonte. A maior parte dos nossos alunos da rede estadual estão vacinados e não serão colocados em risco. Não podemos associar vacinação com escola, a escola é segura”, finalizou.
Belo Horizonte
A fala do governador e do secretário de Estado de Saúde vão no sentido contrário ao que foi anunciado ontem pela prefeitura de Belo Horizonte. O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou que vai adiar em mais de 10 dias o início das aulas presenciais para as crianças entre 5 e 11 anos. A decisão vale para a rede pública e privada da capital.
O retorno, que estava programado para 3 de fevereiro, foi postergado para o dia 14. “Por que 14? Porque temos que dar a chance, temos o dever de dar a proteção às crianças que devem ser protegidas”, afirmou, ao pedir para que os pais e responsáveis vacinem as crianças.
O prefeito ainda disse que as crianças estão adoecendo. "Minha neta está com COVID. Graças a Deus está assintomática. Infelizmente, ela ainda não tem idade para se vacinar. Levem seus filhos para se vacinarem. É cruel que um pai e uma mãe que se protegeram não vacinem seus filhos", alertou.
“As nossas crianças não estão todas protegidas, nem vacinadas. Não podemos nos expor a idiotas negacionistas. O que estamos pedindo é a proteção dos filhos, dessas crianças”.