Jornal Estado de Minas

AULAS ADIADAS

Escolas particulares de BH pressionam a prefeitura: 'Tratamento injusto'

A suspensão das atividades presenciais em Belo Horizonte envolvendo crianças de cinco a 11 anos de idade, oficializada a partir de decreto publicado nesta sexta-feira (28/1), não foi vista com bons olhos pelas escolas particulares da capital de Minas Gerais. "Terminantemente contra a suspensão", diz trecho de comunicado divulgado hoje por escolas particulares do estado.




 
"Nossa capital e nosso estado são reconhecidos pelas melhores, mais preparadas e qualificadas instituições particulares de ensino do país", diz trecho de nota do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (SinepeMG).  
 
"As instituições particulares de ensino, junto ao SinepeMG, desenvolveram planejamento e preparação como nenhum outro segmento que demanda acolhimento de grande número de pessoas. Diferentemente de BH, nenhuma capital brasileira adiou suas atividades presenciais para seus estudantes", complementa. 
 
De acordo com o Executivo municipal, a medida foi tomada por conta de um novo aumento de casos de COVID-19 na cidade e pelo fato de todas as crianças desta faixa ainda não terem sido contempladas com a primeira dose do imunizante contra o coronavírus. 
 
"Fica suspensa, até 13 de fevereiro de 2022, a realização de aulas e demais atividades presenciais destinadas a crianças da faixa etária de 5 a 11 anos, em instituições de ensino públicas e privadas", diz trecho do decreto publicado hoje.




 
O decreto, portanto, adia em duas semanas a volta às aulas presenciais das crianças de cinco a 11 anos em BH e vale para qualquer atividade presencial em instituições de ensino regulares. As demais idades podem frequentar normalmente as aulas presenciais, o que não inviabilizará o funcionamento de algumas instituições até 13 de fevereiro. 

Pressão 

 
O SinepeMG afirma, ainda, que solicitou uma reunião formal com a prefeitura de Belo Horizonte para abordar "o tratamento diferenciado e injusto orientado para o segmento educacional". "(O setor de educação) mais uma vez afirmamos, é o que mais se preparou e o que tem uma das atividades mais nobre entre todas: formar e desenvolver, integralmente, o ser humano", afirma o sindicato.

Até então, somente crianças de cinco a 11 anos com comorbidades e de 11 a 9 sem comorbidades foram contempladas com a primeira dose do imunizante. BH aguarda novas remessas de vacinas para, até meados de fevereiro, concluir a primeira etapa de imunização desta faixa etária.




 

Cuidados em outros locais

 
As crianças de cinco a 11 anos, com limitações relativas às instituições de ensino, ainda podem continuar frequentando outros espaços, como clubes, praças e parques. O médico infectologista Carlos Starling, integrante do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 da Prefeitura de Belo Horizonte, alerta que os cuidados devem ser tomados, com acompanhamento devido de responsáveis.
 
"Basicamente, são os cuidados de manter o distanciamento, não muda. Os cuidados fora do ambiente escolar são os mesmos, evitar aglomerações, manter uso de máscara, higiene. É respeitar essas regras, as regras de cada espaço. Os responsáveis devem manter também os cuidados, que são bem preconizados. É manter regras sanitárias para cada local específico", afirmou, ao Estado de Minas

audima