Criada há três anos e meio, a Central de Bloqueios de Celulares do estado de Minas Gerais (Cbloc) registrou uma queda expressiva no registro de roubo destes telefones. Em 2018 foram registradas 42.786 ocorrências com roubo de celulares. Já em 2021, o montante caiu para 13.186, o que representa uma redução de 69,1%. Os furtos foram de 56.348 para 34.427, queda de 38,9%.
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Casal suspeito de sequestrar e extorquir idoso é preso na praiaOperação prende segundo suspeito de assalto a joalheria em CaratingaComeçam a retornar para casa 271 homens vítimas de trabalho escravoDez fugitivos da Justiça são presos em Minas nesta semanaA criação do sistema estadual facilita o bloqueio de aparelhos furtados ou roubados e contribui para redução desses crimes. Consequentemente, reduziu o valor destes produtos roubados na comercialização no mercado. A queda dos roubos é significativa, segundo o órgão.
Em Belo Horizonte, por exemplo, em 2018, foram 15.332 registros de roubo e 18.289 de furto, contra 4.690 e 12.798, respectivamente em 2021, o que corresponde a uma queda de 69,4%, de aparelhos roubados, e 30,02%, de furtados. Os índices mostram uma redução gradual desde a criação do órgão.
O Cbloc se mostra uma iniciativa que desburocratiza o processo de bloqueio de celulares, já que o órgão pode ser utilizado por qualquer cidadão que tenha sofrido delito em todo o estado. Imediatamente, assim que é feita a queixa, os aparelhos são desabilitados de forma gratuita.
Para bloquear o celular e proteger dados pessoais como fotos ou caminhos de GPS salvos, a pessoa só precisa do número da linha, e não mais do Imei, que é a identificação internacional do equipamento móvel. Esse bloqueio impede que quem cometeu o crime possa ativar o aparelho para uso na rede de telefonia móvel.
O sistema on-line da Cbloc está hospedado no site da Sejusp. O cidadão também pode fazer a solicitação de bloqueio pelo endereço http://cbloc.seguranca.mg.gov.br, com o boletim de ocorrência em mãos.
A vítima poderá, em poucos cliques, informando apenas o número de telefone ou o código Imei do aparelho e alguns dados pessoais. Antes da criação do sistema, só se conseguia fazer o bloqueio de um telefone acionando a Anatel fornecendo o Imei, mas muitas vezes a vítima já não tinha mais acesso ao código por não ter anotado e não conseguir mais consultar no aparelho que foi roubado ou furtado.
Cidades com mais queixas
Belo Horizonte, Uberlândia, Nova Serrana, Patos de Minas, Uberaba e Ipatinga são as cidades mineiras com maior número de solicitações de bloqueio de aparelhos.
“A central funciona 24 horas por dia, sete dias por semana”, diz o assessor-chefe da Superintendência de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Flávio Xavier. “Qualquer dúvida ou dificuldade que o usuário tenha sobre o serviço pode ser sanada por meio do telefone 0800 283 0190”.
“É importante ressaltar, também, que os celulares que ainda não foram vendidos para os consumidores podem ser bloqueados por lojistas e transportadores que, eventualmente, sejam vítimas de furto ou roubo”, reforça ele.
Em caso de forças de segurança recuperarem o aparelho roubado ou furtado, o proprietário será contactado. A vítima deverá se à unidade policial informada para retirar o celular, mediante preenchimento do Termo de Restituição.