Mães e pais de alunos, acompanhados pelo presidente do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep-MG), professor Winder Almeida, se reuniram na tarde desta sexta-feira (28/1) com a Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais para discutir o adiamento da aula das crianças em Belo Horizonte.
Na última quarta (26/1), a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que as aulas presenciais para os alunos de 5 a 11 anos serão iniciadas no dia 14 de fevereiro.
Segundo a administração municipal, a medida foi tomada para se ter tempo hábil do recebimento de remessas de vacina contra a COVID-19 e para a imunização das crianças dessa faixa etária.
As atividades escolares para alunos acima de 12 anos e menores de 4 anos estão autorizadas em Belo Horizonte.
O decreto com a decisão do prefeito de adiar a volta às aulas foi publicado hoje no Diário Oficial Do Município (DOM).
"Fomos surpreendidos pela notícia do adiamento das aulas. Nós não esperávamos", disse Mariana Andrade, de 39 anos, mãe de um menino de 6 anos. Foi então que ela se uniu com outros pais que não concordavam com a decisão e montou um grupo no WhatsApp. "Foi algo totalmente despretensioso, mas muito indignação com essa arbitrariedade", contou.
De acordo com ela, em poucas horas o grupo foi amplamente compartilhado e, nesta sexta (28/1), mais de 300 pessoas compõe o movimento.
"A defensoria sinalizou uma abertura positiva, eles estão muito dispostos a ajudar. Eles estão preparando um oficio para solicitar explicações da PBH. Não tem dado que justifique o atraso nas aulas. A PBH está agindo sem nenhum embasamento legal e epidemiológico", disse.
A mãe ainda aponta que o grupo busca o caminho do diálogo para discutir a pauta. "Não queremos judicializar", afirmou.
Pedido de reunião
O Sinep-MG protocolou uma solicitação, hoje, para um agendamento presencial para debater o tema com o prefeito Alexandre Kalil. A entidade afirma que as instituições particulares de ensino se prepararam para receber e acolher estudantes.
Além disso, a permanência da abertura de parques, shoppings, estádios de futebol e outros tantos ambientes estão recebendo as mesmas crianças, alegam.
"São cerca de 900 instituições particulares de ensino na cidade, que se encontram devidamente e plenamente preparadas para o cumprimento de todos os protocolos", afirmou o presidente Winder Almeida.
"Segundo a defensoria, o tempo é muito curto pra tentar ação judicial pra reverter a situação. É aguardar o dia colocado no decreto para o retorno das aulas. Se tiver mais algum adiamanto, então tomaríamos outras medidas", completou.
Manifestação
O grupo de mães e paisvai se manifestar neste sábado (29/1), às 10h, na prefeitura, na Avenida Afonso Pena, no Centro de BH. Ainda segundo Mariana, o grupo é formado por pais de escolas particulares e públicas.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e aguarda um posicionamento.
Nível de alerta
Na última quarta (26/1), a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que as aulas presenciais para os alunos de 5 a 11 anos serão iniciadas no dia 14 de fevereiro.
Segundo a administração municipal, a medida foi tomada para se ter tempo hábil do recebimento de remessas de vacina contra a COVID-19 e para a imunização das crianças dessa faixa etária.
As atividades escolares para alunos acima de 12 anos e menores de 4 anos estão autorizadas em Belo Horizonte.
O decreto com a decisão do prefeito de adiar a volta às aulas foi publicado hoje no Diário Oficial Do Município (DOM).
"Fomos surpreendidos pela notícia do adiamento das aulas. Nós não esperávamos", disse Mariana Andrade, de 39 anos, mãe de um menino de 6 anos. Foi então que ela se uniu com outros pais que não concordavam com a decisão e montou um grupo no WhatsApp. "Foi algo totalmente despretensioso, mas muito indignação com essa arbitrariedade", contou.
"A defensoria sinalizou uma abertura positiva, eles estão muito dispostos a ajudar. Eles estão preparando um oficio para solicitar explicações da PBH. Não tem dado que justifique o atraso nas aulas. A PBH está agindo sem nenhum embasamento legal e epidemiológico", disse.
A mãe ainda aponta que o grupo busca o caminho do diálogo para discutir a pauta. "Não queremos judicializar", afirmou.
Pedido de reunião
O Sinep-MG protocolou uma solicitação, hoje, para um agendamento presencial para debater o tema com o prefeito Alexandre Kalil. A entidade afirma que as instituições particulares de ensino se prepararam para receber e acolher estudantes.
Além disso, a permanência da abertura de parques, shoppings, estádios de futebol e outros tantos ambientes estão recebendo as mesmas crianças, alegam.
"São cerca de 900 instituições particulares de ensino na cidade, que se encontram devidamente e plenamente preparadas para o cumprimento de todos os protocolos", afirmou o presidente Winder Almeida.
"Segundo a defensoria, o tempo é muito curto pra tentar ação judicial pra reverter a situação. É aguardar o dia colocado no decreto para o retorno das aulas. Se tiver mais algum adiamanto, então tomaríamos outras medidas", completou.
Manifestação
O grupo de mães e paisvai se manifestar neste sábado (29/1), às 10h, na prefeitura, na Avenida Afonso Pena, no Centro de BH. Ainda segundo Mariana, o grupo é formado por pais de escolas particulares e públicas.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a assessoria da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e aguarda um posicionamento.
Nível de alerta
De acordo com o boletim epidemiológico dessa quinta, mais 1.384 pessoas em Belo Horizonte testaram positivo para COVID-19, nas últimas 24 horas. Na quarta, foram 1.065 infectados, ou seja, crescimento de cerca de 30% nas novas infecções entre quarta e quinta-feira (27), de acordo com o boletim epidemiológico divulgado pelo município.
Mais seis mortes foram registradas neste período. Desde o início da pandemia, 7.157 pessoas perderam a vida na capital em decorrência da doença. A taxa de ocupação de leitos de UTI voltou a avançar de 82,1% para 83,2%. Nas enfermarias, houve um recuo de 82,2% para 80,2%.
O nível médio de transmissão da doença declinou. Embora permaneça no vermelho, o RT caiu de 1,15 para 1,14. Isso significa que cada 100 pessoas transmitem a doença para outras 114. De acordo com infectologistas, o ideal é que o RT fique abaixo de 1.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio de nota, que considerando o aumento das internações pediátricas, além de outras doenças respiratórias que circulam, como o vírus sincicial, o que pode causar aumento na demanda para atendimento e internação de crianças, o município adiou o início das aulas presenciais na capital para os alunos de 5 a 11 anos.
"A medida também foi tomada para proteger as crianças e para que se tenha tempo hábil do recebimento de remessas de vacina contra a Covid-19 e para a imunização do público dessa faixa etária. As atividades escolares para alunos acima de 12 anos e menores de 4 anos estão autorizadas", informou.
"A medida também foi tomada para proteger as crianças e para que se tenha tempo hábil do recebimento de remessas de vacina contra a Covid-19 e para a imunização do público dessa faixa etária. As atividades escolares para alunos acima de 12 anos e menores de 4 anos estão autorizadas", informou.
No que se refere à rede municipal, a Secretaria Municipal de Educação indisse que o adiamento para a faixa etária específica não vai impactar em prejuízo da oferta legalmente prevista. "Para todos os estudantes serão garantidos os 200 dias letivos e as 800 horas exigidas", acrescentou.
Testagem De acordo com as novas regras, a partir de segunda-feira (31/1), para a entrada em todos os eventos realizados na capital será exigido, além do comprovante de vacinação, o resultado negativo para a Covid-19. Os testes antígeno ou RT – PCR devem ser realizados até 72h antes do evento. A medida é para diminuir a transmissibilidade do vírus. É importante lembrar que essa é uma medida transitória, considerando o atual cenário epidemiológico.
"No momento, a vacinação contra a Covid-19 não é obrigatória, mas esclarece que quem não se vacina fica mais vulnerável à infecção pelo Sars-CoV-2. A orientação é de que todas as pessoas sejam imunizadas para garantir a proteção contra a COVID-19", finalizou.