Trabalhadores dos hospitais públicos e estaduais da rede Fhemig decidem entrar de greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 de fevereiro. A assembleia geral foi realizada na tarde desta sexta-feira (28/1), na porta do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.
Apesar da paralisação, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Rede Fhemig (Sindpros), Carlos Martins, garante o atendimento aos pacientes que já estão internado. "Mesmo com a greve, os atendimentos de urgência e emergência e cuidados com pacientes internados, serão mantidos, funcionando em escala mínima"
Segundo o presidente, a indiferença do governo em atender a categoria foi a motivação para a greve. Os funcionários pleiteam uma melhora nas condições de trabalho há pelo menos dois anos, e denunciam a precariedade de dentro dos hospitais e na assistência aos pacientes e aos trabalhadores.
“É preciso destacar também que, trabalhando nessas condições, estamos colocando em risco a vida dos pacientes e nossas próprias vidas”, acrescenta.
“Vamos utilizar da greve para tentar, mais uma vez, sensibilizar o governo e a sociedade a buscar uma solução para esses problemas que temos vivido nos hospitais”, completa Martins.
Entre os problemas listados pela categoria estão pacientes nos corredores aguardando vagas em setores de tratamento, superlotação, falta de profissionais e problemas estruturais, como falta de ar-condicionado. Um dos exemplos seria o Hospital João XXIII, onde o bloco cirúrgico está funcionando com as portas abertas por causa do calor, segundo eles.
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria