Jornal Estado de Minas

ALÍVIO

Após chuvas e vazão restrita, Lago de Furnas atinge nível mínimo de água

Os 34 municípios mineiros banhados pelo Lago de Furnas estão mais aliviados desde o último dia de janeiro. Nesta segunda-feira (31/1), o reservatório atingiu a marca de 762 em relação ao nível do mar. O número é considerado o ideal para atender os diversos usos do corpo d’água, como o turismo, a piscicultura e a agricultura. Desde julho de 2020 que o lago não registrava esta cota mínima. 





Além do imenso volume de chuvas no estado, uma resolução da Agência Nacional das Águas (ANA) contribuiu para que o número mágico fosse atingido. Segundo a determinação, válida desde novembro do ano passado, a vazão do reservatório não poderia ser superior a 300 metros cúbicos de água por segundo. 

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comemorou o índice e cobrou medidas para que o nível mínimo seja mantido. “O reservatório do lago de Furnas atingiu hoje a cota 762. Isso é fruto da quantidade de chuvas e também da resolução da ANA que limitou a vazão de água a 300 m3 por segundo. Agora, é preciso saber quais providências serão tomadas para garantir esse nível mínimo, que assegura o uso múltiplo das águas. Encaminharei pedido de informações ao Ministério das Minas e Energia (MME) e provocarei o Operador Nacional do Sistema (ONS), Furnas, ANA e para que se manifestem a respeito”, escreveu, nas redes sociais. 

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A posição de Pacheco ecoa o discurso de prefeitos e lideranças da região, que pedem ações para a manutenção do lago neste nível mínimo.





Para o prefeito de Carmo do Rio Claro e presidente da Associação dos Municípios do Médio Rio Grande (Ameg), Filipe Carielo, o essencial é que, durante o período chuvoso, o índice seja  ultrapassado. “Temos que garantir que, durante o período de seca, o lago não sofra novamente com baixos índices de volume de água”, apontou. 

Já Fausto Costa, secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), avalia que o nível mínimo é apenas uma etapa para a manutenção do lago em níveis aceitáveis. "Consideramos a chegada das águas do Lago de Furnas à chamada Cota 762 a vitória de uma grande batalha, que se arrasta há anos, mas não vencemos a ‘guerra’ ainda”, disse. 

 "Precisamos assegurar o uso múltiplo das águas para o desenvolvimento econômico e social da região, o que inclui a geração de energia, o turismo com sua diversidade de atividades, a agricultura e a piscicultura. Vamos continuar nesse propósito até conseguirmos atingir o objetivo maior, que é ter o lago acima da Cota 762 durante todos os meses do ano”, completou.