
Além do imenso volume de chuvas no estado, uma resolução da Agência Nacional das Águas (ANA) contribuiu para que o número mágico fosse atingido. Segundo a determinação, válida desde novembro do ano passado, a vazão do reservatório não poderia ser superior a 300 metros cúbicos de água por segundo.
A posição de Pacheco ecoa o discurso de prefeitos e lideranças da região, que pedem ações para a manutenção do lago neste nível mínimo.
Para o prefeito de Carmo do Rio Claro e presidente da Associação dos Municípios do Médio Rio Grande (Ameg), Filipe Carielo, o essencial é que, durante o período chuvoso, o índice seja ultrapassado. “Temos que garantir que, durante o período de seca, o lago não sofra novamente com baixos índices de volume de água”, apontou.
Já Fausto Costa, secretário executivo da Associação dos Municípios do Lago de Furnas (Alago), avalia que o nível mínimo é apenas uma etapa para a manutenção do lago em níveis aceitáveis. "Consideramos a chegada das águas do Lago de Furnas à chamada Cota 762 a vitória de uma grande batalha, que se arrasta há anos, mas não vencemos a ‘guerra’ ainda”, disse.
"Precisamos assegurar o uso múltiplo das águas para o desenvolvimento econômico e social da região, o que inclui a geração de energia, o turismo com sua diversidade de atividades, a agricultura e a piscicultura. Vamos continuar nesse propósito até conseguirmos atingir o objetivo maior, que é ter o lago acima da Cota 762 durante todos os meses do ano”, completou.