Os metroviários de Belo Horizonte participarão de nova assembleia, que será marcada provavelmente neste sábado (5/2), para decidirem se manterão ou não a greve da categoria, que tem início previsto para a próxima segunda-feira (7/2). A reunião virtual promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, na tarde desta quinta-feira (3/2), terminou sem acordo.
O encontro contou com a presença de lideranças do Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais (Sindmetro) e de representantes da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Advocacia Geral da União.
O governo federal pediu um prazo maior, até o dia 23 deste mês, para dar uma resposta acerca da proposta da categoria, que se baseia na anulação das condições do item 3 da Resolução CPPI nº 206, com normas para a privatização do metrô. Ele permite que a CBTU faça transferência dos funcionários para outros estados onde a companhia administra o metrô.
Com a paralisação, o metrô funcionará em escala mínima, das 10h às 17h, a partir de segunda-feira. Em nota, O Sindimetro destacou que a paralisação afetará diretamente a população da capital e região metropolitana, mas que é uma medida necessária diante da possível privatização da empresa.
"É importante que a população da Grande Belo Horizonte saiba que os metroviários trabalharam, sem parar um dia, durante toda a pandemia de COVID-19, agora busca o apoio de todos os usuários em defesa da empresa pública e com tarifas acessíveis a todos os trabalhadores", finalizou.
Segundo o Sindimetro, a greve é a única forma de fazer com que "o governo e a empresa tragam respostas às dúvidas de como ficará a situação dos trabalhadores diante da privatização do metrô".