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Estado de Minas PROTESTO

Em BH, pais de alunos marcam nova manifestação pedindo 'Escolas Abertas Já'

São esperadas pelo menos 100 pessoas neste sábado (5/2), às 10h, na Praça Marília de Dirceu, no Bairro de Lourdes


04/02/2022 13:31 - atualizado 04/02/2022 13:54

Pais protestam contra adiamento da volta às aulas presenciais em Belo Horizonte
Pais protestam contra adiamento da volta às aulas presenciais na capital mineira (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O novo adiamento das aulas em Belo Horizonte devido à pandemia de COVID-19 gerou uma indignação dos pais e responsáveis dos alunos. Em protesto à decisão do prefeito Alexandre Kalil (PSD), foi marcada uma nova manifestação “Escolas Abertas Já” neste sábado (5/2), às 10h, na Praça Marília de Dirceu, no Bairro de Lourdes, Região Centro-Sul da capital. São esperadas pelo menos 100 pessoas no local.

A administração municipal definiu que o ano letivo será iniciado em 14 de fevereiro para crianças entre 5 e 11 anos. O prefeito justificou a decisão: “Por que 14? Porque temos que dar a chance, temos o dever de dar a proteção das crianças que devem ser protegidas (com a vacina).”

Após a publicação do decreto, a prefeitura recebeu uma recomendação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para início imediato das aulas para a faixa etária. De acordo com o órgão, o adiamento das aulas não cumpre o que foi estabelecido no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre as partes sobre a educação durante a pandemia. A recomendação estabeleceu um prazo para que o município se manifeste até as 13h desta sexta-feira (4/1), mas até o momento não houve resposta.

Enquanto isso, pais e responsáveis também vão pressionar a prefeitura. Uma das responsáveis por organizar o protesto é a advogada Mariana Andrade, de 39 anos. Ela tem um filho de 6 anos e alega que a decisão de adiar as aulas não teve critério científico e cobra o retorno imediato. “A gente é contra o prefeito vincular a volta às aulas à vacinação e não ao imunizante. Muito pelo contrário e eu quero vacinar meu filho”, explicou.

Mariana desabafou que o medo do filho se contaminar com a doença não é dentro da escola, e sim fora dela. “Claro que a gente tem medo, mas a escola é um ambiente muito controlado, muito mais do que os espaços que as crianças estão frequentando fora delas. Essas crianças podem ir para a colônia de férias, por exemplo, mas não podem ir para a escola?”, questionou.
 
“Pedimos que o prefeito tenha razoabilidade. Do que adianta fazer o corte nessa faixa etária falando que vai dar chance para as crianças se vacinarem, mas não adianta o calendário vacinal? Se essa é a desculpa dele, poderia ter feito algo a mais, embora a vacina não seja desculpa para voltar às aulas”, completou. 

Vacinação infantil

Até a próxima sexta-feira (11/02), a prefeitura de Belo Horizonte convoca a repescagem de primeira dose para crianças com comorbidades de 11 a 5 anos, e crianças sem comorbidades de 11, 10, 9, 8 e 7 anos, completos até a data da vacinação. Esses grupos convocados somam cerca de 90 mil crianças.

 

Leia: COVID: BH convoca crianças de 7 e 8 anos sem comorbidades para vacinar

 

Pelo último levantamento, com dados parciais, foram aplicadas cerca de 30 mil doses da vacina contra a COVID-19 nesse público. Isso significa, conforme dados divulgados pela prefeitura, que duas em cada três crianças convocadas em Belo Horizonte ainda não receberam a primeira dose da vacina.

 

A Secretaria Municipal de Saúde informa que, na capital, há cerca de 193 mil crianças, com idades entre 5 e 11 anos. "É importante esclarecer que esse dado é uma estimativa, uma vez que o último censo é de 2010", afirmou a PBH por meio de nota.

 

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