Mesmo com as garantias da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-MG) de que vem recebendo informações da AngloGold Ashanti sobre a estabilidade da Pilha de Sapé, que estoca rejeitos da empresa na Mina Córrego do Sítio, em Santa Bárbara, ela se encontra repleta de erosões em seus taludes e base (assista ao vídeo). Especialistas em mineração ao verem o vídeo exclusivo da reportagem do Estado de Minas afirmam que a fiscalização deve ser imediata, bem como a publicidade sobre problemas e soluções para a sociedade.
A AngloGold afirma que fiscais do meio ambiente estiveram na mina na última semana. A Prefeitura de Santa Bárbara, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) ainda não confirmaram fiscalizações e não divulgaram informações para a população.
“Os problemas vistos na estrutura são nítidos, e as correções são urgentes. O poder público não pode depender apenas de informações da empresa, principalmente com o histórico de tragédias em Minas Gerais. As pessoas precisam, ter uma resposta", afirma o professor Carlos Barreira Martinez, do Instituto de Engenharia Mecânica (IEM) da Universidade Federal de Itajubá (Unifei).
"No passado, os problemas com barragens e estruturas da mineração eram vistos como pontuais. Com poucas ocorrências, mas que se intensificaram e já acometem estruturas como as pilhas. Por isso, a fiscalização e o monitoramento não podem ser como antes, nem o poder público se ater a receber informações das empresas. É preciso agir e se modernizar", observa Bruno milanez, especialista em economia da mineração.
Para o professor Martinez, doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um dos obstáculos para a estabilização da pilha é a necessidade de se esperar a estiagem para intervir.
"Mas, certamente, a empresa tem ótimas consultorias especializadas que podem e vão trazer soluções de engenharia. Não é possível comentar mais a fundo, pois não estive no local", afirma.
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Para o professor Martinez, doutor em Planejamento de Sistemas Energéticos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um dos obstáculos para a estabilização da pilha é a necessidade de se esperar a estiagem para intervir.
"Mas, certamente, a empresa tem ótimas consultorias especializadas que podem e vão trazer soluções de engenharia. Não é possível comentar mais a fundo, pois não estive no local", afirma.