Onze entidades que representam profissionais de eventos de Belo Horizonte vão fazer uma manifestação nesta segunda-feira, dia 7, às 10h, em frente à PBH, para pedir ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) que se exija apenas o comprovante de vacinação contra a COVID-19 (e descarte o teste) para as atividades de casas de shows e espetáculos, casas de festas, discotecas, danceterias, salões de dança, circos, jogos de futebol, shows musicais, entre outras. Um manifesto foi enviado ao prefeito.
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Karla ressalta que o setor é a favor das normas sanitárias e discorda que os eventos estejam associados ao aumento do número de casos de COVID. "É um erro e incoerente exigir testes, uma gestão que sempre foi pautada pela ciência, deve sim exigir o ciclo vacinal, o único procedimento eficiente", completa.
Karla ressalta que o setor é a favor das normas sanitárias e discorda que os eventos estejam associados ao aumento do número de casos de COVID. "É um erro e incoerente exigir testes, uma gestão que sempre foi pautada pela ciência, deve sim exigir o ciclo vacinal, o único procedimento eficiente", completa.
Para Karla Delfim, não é justo a atividade sempre ser o alvo: "O setor de eventos não aguenta mais. Qual foi a pesquisa que apresentou essa associação entre eventos X COVID-19? Ficamos parados por 18 meses e o vírus demorou a ser controlado, os casos aumentavam e o número de óbitos só subiam, e estávamos fechados, quietos, obedientes, enquanto as indústrias funcionando, a construção civil não parou um dia, as cias aéreas e aeroportos cheios, o transporte público lotado, sem nenhum distanciamento, e nossos eventos com distanciamento, cumprindo todos os protocolos sanitários, são os causadores? Somos a favor de todos trabalharem com o rigor e a responsabilidade que o momento exige e ponto final. Isonomia. Exigimos respeito".
Conforme Karla Delfim, "o último decreto da PBH impacta todos os setores da nossa cadeia produtiva e, o pior, transfere eventos de médio e grande porte para outras praças, estamos perdendo mercado, emprego, renda e seremos impactados por meses ou anos. Um evento que vai para outro Estado pode nunca mais voltar, e aí? Quem vai investir para captar esses clientes novamente? Precisamos ter tranquilidade para trabalhar e planejar, já perdemos dois anos, é hora de plantar para colher."
Karla Delfim destaca também dois entraves para o cumprimento da medida que considera intransigente e infundada da PBH: "Um deles é a dificuldade em encontrar exames de COVID-19 disponíveis no mercado, pois, com a alta demanda em janeiro, os principais laboratórios da cidade já emitiram o alerta sobre a falta de testes rápidos na capital. Além disso, a exigência do exame também abre outro precedente que deve ser avaliado de forma minuciosa pelos órgãos competentes que é o aumento da falsificação de testes."
Já Virgínia Menezes, diretora de eventos sociais da Associação Mineira de Eventos e Entretenimentos (Amee) e sócia diretora do Buffet Catharina, destaca que "nosso setor ficou fechado 20 meses, tivemos os nossos alvarás de funcionamento suspenso e em novembro de 2021, quando começamos a voltar muito lentamente, vem um bomba desta de que a exigência agora passa a ser de teste e vacina. Um verdadeiro absurdo, um retrocesso. Nós que aguardamos a vacinação para podermos trabalhar com segurança, agora nos deparamos com um verdadeiro descaso com nosso setor. Estão nos obrigando a pagar uma conta que não é nossa. Não podemos ser responsáveis pela proliferação do vírus sem termos tido oportunidade de trabalhar. Queremos apenas trabalhar e levar dignidade as nossas famílias."
Conforme Virgínia Menezes, "os buffet em BH sentiram demais por que vivemos de fazer eventos, de comemorar momentos especiais. E muitas empresas do segmento não conseguiram se reinventar, houve inúmeras demissões. A cadeia de eventos abrange salões de beleza, vestidos, sapatos, ternos, música, decoradores, e seus floristas, manobristas, segurança, montadores, buffet com cozinheiras chefs, garçons, copeiros, além de vários outros. Precisamos trabalhar".
O BALANÇO
O Fórum destaca que as empresas e profissionais do segmento não suportam mais fechamento das atividades. Conforme o balanço da entidade, o setor de eventos que impacta mais de 70 segmentos e gera mais de 2 milhões de vagas de empregos em Minas Gerais, já agonizou o fechamento de quase 50% das empresas do setor. Com a iminência de um novo fechamento, cerca de 25% das empresas que sobreviveram em 2020 e 2021 devem ir à falência agora em 2022.
Para amenizar as perdas, Karla Delfim destaca que o apoio do governo municipal com a isenção de ISS e de IPTU para as casas fechadas é fundamental para evitar que novos negócios sejam fechados e aumente o desemprego. "As contas não pararam de chegar, até mesmo o IPTU de um imóvel fechado e sem faturamento tivemos que pagar e com reajuste. É preciso ter sensibilidade e respeito com o setor, que sozinho está pagando toda a conta".
ENTIDADES QUE PEDEM APOIO DO FÓRUM
Associação Brasileira de Empresas de Formaturas e Afins (ABEFORM)
Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC)
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG )
Associação Brasileira dos Promotores de Eventos / Regional MG (ABRAPE-MG)
Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (AMEE)
Ampro Live Marketing- Associação de Marketing Promocional
Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau (BHC&VB)
Federação de Rodeio de Minas Gerais (FMRG)
Sindicato Intermunicipal das Empresas de Buffet de Minas Gerais (Sindbufê-MG)
Sindicato da Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras Congressos e Eventos de MG (Sindiprom-MG )
União Brasileira dos Promotores de Feiras e Eventos de Negócios (UBRAFE).