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Estado de Minas MANIFESTAÇÃO

Setor de eventos fará protesto pelo fim da exigência de testes COVID em BH

Manifestação na segunda-feira (7/2) pedirá à PBH que exclua a obrigatoriedade do teste COVID-19 e peça só o comprovante de vacinação


05/02/2022 19:15 - atualizado 06/02/2022 13:09

Fachada do Mister Rock, lugar de shows
Casas de shows que ainda resistem na capital mineira: Mister Rock, no Bairro Prado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )

Onze entidades que representam profissionais de eventos de Belo Horizonte vão fazer uma manifestação nesta segunda-feira, dia 7, às 10h, em frente à PBH, para pedir ao prefeito Alexandre Kalil (PSD) que se exija apenas o comprovante de vacinação contra a COVID-19 (e descarte o teste) para as atividades de casas de shows e espetáculos, casas de festas, discotecas, danceterias, salões de dança, circos, jogos de futebol, shows musicais, entre outras. Um manifesto foi enviado ao prefeito.

No dia 1º/2 ,foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) a portaria que exige comprovante de vacinação completa contra a COVID-19 para quem participar de eventos com até 500 pessoas em Belo Horizonte. Em caso de o número ser superior a 500, com público em pé ou com serviço de alimentação, será necessária a apresentação também do teste negativo. Teste do tipo RT-PCR ou Teste Rápido de Antígeno realizados até setenta e duas horas antes da atividade, inclusive para funcionários.

"Esse último protocolo da PBH que estabelece apresentação de resultado negativo de COVID-19 para entrada em eventos com alimentos e bebidas é uma forma mascarada de inviabilizar a realização dos eventos. É no mínimo injusto e insensível prejudicar mais uma vez o setor econômico que foi mais impactado pela pandemia, o único que ficou proibido de trabalhar por 18 meses", enfatiza Karla Delfim, representante do Fórum entidade e vice-presidente do Sindiprom-MG.

Karla ressalta que o setor é a favor das normas sanitárias e discorda que os eventos estejam associados ao aumento do número de casos de COVID. "É um erro e incoerente exigir testes, uma gestão que sempre foi pautada pela ciência, deve sim exigir o ciclo vacinal, o único procedimento eficiente", completa. 

Karla Delfim, representante do Fórum entidade e vice-presidente do Sindiprom-MG
Para Karla Delfim, vice-presidente do Sindiprom-MG, é um erro e incoerente exigir testes e uma gestão que sempre foi pautada pela ciência, deve sim exigir o ciclo vacinal (foto: Arquivo Pessoal)
Para Karla Delfim, não é justo a atividade sempre ser o alvo: "O setor de eventos não aguenta mais. Qual foi a pesquisa que apresentou essa associação entre eventos X COVID-19? Ficamos parados por 18 meses e o vírus demorou a ser controlado, os casos aumentavam e o número de óbitos só subiam, e estávamos fechados, quietos, obedientes, enquanto as indústrias funcionando, a construção civil não parou um dia, as cias aéreas e aeroportos cheios, o transporte público lotado, sem nenhum distanciamento, e nossos eventos com distanciamento, cumprindo todos os protocolos sanitários, são os causadores? Somos a favor de todos trabalharem com o rigor e a responsabilidade que o momento exige e ponto final. Isonomia. Exigimos respeito".

Conforme Karla Delfim, "o último decreto da PBH impacta todos os setores da nossa cadeia produtiva e, o pior, transfere eventos de médio e grande porte para outras praças, estamos perdendo mercado, emprego, renda e seremos impactados por meses ou anos. Um evento que vai para outro Estado pode nunca mais voltar, e aí? Quem vai investir para captar esses clientes novamente? Precisamos ter tranquilidade para trabalhar e planejar, já perdemos dois anos, é hora de plantar para colher."

Karla Delfim destaca também dois entraves para o cumprimento da medida que considera intransigente e infundada da PBH: "Um deles é a dificuldade em encontrar exames de COVID-19 disponíveis no mercado, pois, com a alta demanda em janeiro, os principais laboratórios da cidade já emitiram o alerta sobre a falta de testes rápidos na capital. Além disso, a exigência do exame também abre outro precedente que deve ser avaliado de forma minuciosa pelos órgãos competentes que é o aumento da falsificação de testes."

Já Virgínia Menezes, diretora de eventos sociais da Associação Mineira de Eventos e Entretenimentos (Amee) e sócia diretora do Buffet Catharina, destaca que  "nosso setor ficou fechado 20 meses, tivemos os nossos alvarás de funcionamento suspenso e em novembro de 2021, quando começamos a voltar muito lentamente, vem um bomba desta de que a exigência agora passa a ser de teste e vacina. Um verdadeiro absurdo, um retrocesso. Nós que aguardamos a vacinação para podermos trabalhar com segurança, agora nos deparamos com um verdadeiro descaso com nosso setor. Estão nos obrigando a pagar uma conta que não é nossa. Não podemos ser responsáveis pela proliferação do vírus sem termos tido oportunidade de trabalhar. Queremos apenas trabalhar e levar dignidade as nossas famílias."

Conforme Virgínia Menezes, "os buffet em BH sentiram demais por que vivemos de fazer eventos, de comemorar momentos especiais. E muitas empresas do segmento não conseguiram se reinventar, houve inúmeras demissões. A cadeia de eventos abrange salões de beleza, vestidos, sapatos, ternos, música, decoradores, e seus floristas, manobristas, segurança, montadores, buffet com cozinheiras chefs, garçons, copeiros, além de vários outros. Precisamos trabalhar".


O BALANÇO


O Fórum destaca que as empresas e profissionais do segmento não suportam mais fechamento das atividades. Conforme o balanço da entidade, o setor de eventos que impacta mais de 70 segmentos e gera mais de 2 milhões de vagas de empregos em Minas Gerais, já agonizou o fechamento de quase 50% das empresas do setor. Com a iminência de um novo fechamento, cerca de 25% das empresas que sobreviveram em 2020 e 2021 devem ir à falência agora em 2022.

Para amenizar as perdas, Karla Delfim destaca que o apoio do governo municipal com a isenção de ISS e de IPTU para as casas fechadas é fundamental para evitar que novos negócios sejam fechados e aumente o desemprego. "As contas não pararam de chegar, até mesmo o IPTU de um imóvel fechado e sem faturamento tivemos que pagar e com reajuste. É preciso ter sensibilidade e respeito com o setor, que sozinho está pagando toda a conta".


ENTIDADES QUE PEDEM APOIO DO FÓRUM


Associação Brasileira de Empresas de Formaturas e Afins (ABEFORM)
Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC)
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-MG )
Associação Brasileira dos Promotores de Eventos / Regional MG (ABRAPE-MG)
Associação Mineira de Eventos e Entretenimento (AMEE)
Ampro Live Marketing- Associação de Marketing Promocional
Belo Horizonte Convention & Visitors Bureau (BHC&VB)
Federação de Rodeio de Minas Gerais (FMRG)
Sindicato Intermunicipal das Empresas de Buffet de Minas Gerais (Sindbufê-MG)
Sindicato da Empresas de Promoção, Organização e Montagem de Feiras Congressos e Eventos de MG (Sindiprom-MG )
União Brasileira dos Promotores de Feiras e Eventos de Negócios (UBRAFE).


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