Montes Claros, no Norte de Minas, experimentou uma explosão de novos casos da COVID-19 em janeiro, diante da circulação da variante Ômicron. Ocorreram 8.364 casos da doença nos 31 dias de janeiro, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Por outro lado, mesmo com os números de casos parecidos, houve uma “desproporção” nos quantitativos de mortes provocadas pela COVID-19 nos dois meses comparados.
Em março do ano passado foram 295 vidas perdidas e no primeiro mês de 2022 foram oito óbitos decorrentes do coronavírus. Desde o inicio da pandemia, Montes Claros teve 1 mil mortes decorrentes da doença, número alcançado quarta-feira (2/2).
A titular da pasta municipal de Saúde afirma que o avanço da vacinação garantiu que, mesmo com a explosão de casos com a chegada da variante Ômicron, não ocorresse o aumento de mortes causadas pelo coronavírus na mesma proporção.
“Com certeza, o impacto da vacinação foi muito grande, tanto para impedir as internações de pacientes graves como na redução de óbitos.” Segundo ela, Montes Claros atingiu o percentual de 88% de sua população vacinada contra a COVID-19 (com as duas doses do imunizante).
“Com certeza, o impacto da vacinação foi muito grande, tanto para impedir as internações de pacientes graves como na redução de óbitos.” Segundo ela, Montes Claros atingiu o percentual de 88% de sua população vacinada contra a COVID-19 (com as duas doses do imunizante).
Dulce Pimenta lembra que, atualmente, Montes Claros conta com menos de 30% dos leitos hospitalares – clínicos e de unidade de terapia intensiva (UTI) para a COVID-19 que tinham sido credenciados no período mais crítico de enfrentamento da pandemia no primeiro semestre do ano passado.
“Mesmo com menos de 30% dos leitos da COVID-19, a taxa de ocupação ficou, no máximo em 90% dos leitos clínicos e numa média de 60% a 70% para UTI.”
“Mesmo com menos de 30% dos leitos da COVID-19, a taxa de ocupação ficou, no máximo em 90% dos leitos clínicos e numa média de 60% a 70% para UTI.”
GOVERNADOR VALADARES
A vacinação contra a COVID-19 em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, também evitou um número expressivo de mortes pela doença em janeiro. Essa é a conclusão preliminar dos professores do programa COVID ZERO, da Universidade Federal de Juiz de Fora/Câmpus Governador Valadares.
Segundo dados pesquisados pelos professores do COVID ZERO, o mês de maior incidência da COVID-19 em Valadares foi abril de 2021, quando foram registrados 4.196 casos confirmados da doença e 307 óbitos.
“Esse foi o período mais crítico que tivemos em relação à COVID-19, quando houve um aumento de casos acompanhados de óbitos. Mas nessa época, tínhamos a vacinação no estágio inicial”, diz Alexandra Paiva Araújo Vieira, que integra a equipe do COVID ZERO.
“Esse foi o período mais crítico que tivemos em relação à COVID-19, quando houve um aumento de casos acompanhados de óbitos. Mas nessa época, tínhamos a vacinação no estágio inicial”, diz Alexandra Paiva Araújo Vieira, que integra a equipe do COVID ZERO.
“Hoje, temos um aumento expressivo de casos superior ao período de março/abril de 2021, porém, em relação aos óbitos, não houve aumento expressivo como no ano passado. O que mudou de lá pra cá? A vacinação”, analisa Alexandra Paiva.