Após janeiro de 2022 bater recorde de casos positivos da COVID-19 em Uberaba, no Triângulo Mineiro, com quatro vezes mais casos que maio de 2021, até então o mês mais contagioso, a infectologista Danielle Borges Maciel diz que, apesar de ser muito difícil um prognóstico da pandemia neste momento, espera que após a segunda ou terceira semana do mês de fevereiro, o número de casos diários da COVID-19, e consequentemente as internações, comecem a diminuir.
Em números absolutos, foram 21.492 novos infectados em janeiro, sendo que maio de 2021 registrou 5.351 novos casos. Por outro lado, no que diz respeito às mortes, foram registradas 43 em janeiro deste ano; já em maio do ano passado, foram contabilizados 214 óbitos.
Além disso, diferentemente de maio do ano passado, quando as UTIs de Uberaba estavam no limite ou perto disso, segundo o último boletim epidemiológico, divulgado na noite de quarta-feira (2/2), apesar do alto número de casos ativos de COVID (7.204), a ala de UTI está em cerca de 50% e vem se mantendo nesse patamar.
Já as internações na ala de enfermaria/COVID têm aumentado nos últimos dias e atualmente está em aproximadamente 80%.
Já as internações na ala de enfermaria/COVID têm aumentado nos últimos dias e atualmente está em aproximadamente 80%.
TESTES POSITIVOS EM UBERLÂNDIA
Em Uberlândia, também no Triângulo Mineiro, o mês janeiro de 2022 foi aquele de maior número de casos novos de COVID-19 desde o início da pandemia. Entre os dias 1º e 31, foram 47.663 novos registros da doença no município. O que chama a atenção é que mesmo com a quantidade de testes positivos recorde, a ocupação dos leitos de UTI segue abaixo dos 60% e com 20% da quantidade de mortes de dias mais críticos de 2020.
Os números da pandemia haviam demonstrado tendência de crescimento ainda na última semana de dezembro, mas janeiro de 2022 começou na cidade com 129.502 casos de COVID-19 e terminou com 177.165 novos infectados. Isso aponta para crescimento de cerca de 270% no número de pacientes no comparativo com janeiro do ano passado, quando houve 12.874 novos registros.
Em 2021, o mês de pico de novos casos foi março, quando houve 12.986 infecções por coronavírus confirmadas e quando o município voltou a ter 100% da ocupação de leitos de UTI. Nos meses mais complicados no último ano, a cidade registrava mais de 20 mortes diariamente pela doença.
A vacinação começou em janeiro de 2021 e agora já tem mais de 232 mil doses de reforço aplicadas e quase 1,4 milhão de unidades foram aplicadas no total. Isso explicaria o fato de que se mais pessoas estão sendo infectadas, a maior parte não desenvolve as formas graves da COVID-19.