Jornal Estado de Minas

COMBATE AO CRIME

Criminosos especializados em atacar policiais estão na mira de autoridades

As autoridades mineiras fecham o cerco contra criminosos especializados em ataques a policiais. A segunda fase da Operação Kavod, fruto de investigação à atuação de organização criminosa envolvida em violência contra agentes de segurança, foi realizada nesta terça-feira (8/2). Como resultado de 20 buscas realizadas, três investigados foram presos - e o número total de detidos chegou a 16.





 

Os trabalhos em conjunto da Polícia Civil, do Ministério Público e da Polícia Militar mineiros começaram em 2020, quando um policial penal foi alvo de uma tentativa de execução. As autoridades afirmam que o agente foi roubado em novembro daquele ano, no Bairro Dom Almir, em Uberlândia, e ficou na mira de armas de grosso calibre.

 

Hoje, as ações foram realizadas em Uberlândia e Uberaba, no Triângulo Mineiro; Monte Santo de Minas e Extrema, no Sul do estado; além dos municípios paulistas de Reginópolis, Itapevi e Praia Grande.


As três prisões foram feitas em Extrema, Itapevi e Reginópolis. As buscas resultaram na apreensão de documentos e aparelhos celulares que serão analisados nos próximos dias.


Segundo o delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, chefe do 9º Departamento de Polícia Civil em Uberlândia, a efetividade do trabalho conjunto contra o crime organizado na região foi determinante para o sucesso da operação.





“A operação Kavod é mais uma resposta da integração das forças de segurança no combate às organizações criminosas, por meio de investigações qualificadas. Trabalhos juntos e de forma coesa para coibir a criminalidade ”, diz ele. 

 

Operação Kavod

 

A primeira etapa da Operação Kavod ocorreu em decorrência da apuração do atentado, e de outros casos ligados a organizações criminosas atuantes na região - tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e demais crimes relacionados. O cumprimento de 42 mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão foi feito no dia 21 de novembro de 2020, concomitantemente com a operação Disciplina da Lei.

 

Todo esse trabalho resultou na denúncia contra 13 integrantes da facção criminosa, cujas prisões foram mantidas pelo juízo da 4ª Vara Criminal. 

 

Cerco fechado

 

Para apurar novas responsabilidades no crime, um novo inquérito foi instaurado e as investigações resultaram na identificação de outros integrantes do grupo até então não identificados.

 





Um dos suspeitos de integrar a quadrilha, natural de São Paulo, foi preso em abril, em Patrocínio. Essa prisão foi determinante para apontar a função de cada integrante do grupo. Esse homem, ao ser preso, portava armas e drogas, razão pela qual foi preso em flagrante.


Ao ser realizada a perícia na arma apreendida, descobriu-se que o armamento era o mesmo utilizado por integrantes da facção na tentativa de homicídio em Uberlândia.


A partir dessa descoberta, dois outros integrantes da quadrilha foram presos identificados e presos em São Paulo. A quadrilha era responsável por definir os ataques contra policiais, além de outros integrantes radicados no Triângulo Mineiro e no Sul de Minas.


A expectativa, segundo o delegado Marcos Tadeu, é que o inquérito policial seja concluído em 30 dias.