Uma mulher de 33 anos é investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por suspeita de compartilhar fotos sensuais e nuas da própria filha, de apenas 11 anos. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta terça-feira (8/2), na casa da investigada, na cidade de Santa Maria de Jequitibá, no Espírito Santo. Foram apreendidos quatro celulares.
Durante o depoimento tomado pelos policiais mineiros, a mãe admitiu que mandava fotos da filha para um homem, morador de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde que a menina tinha 6 anos. Ela admitiu, ainda, que era ela quem fotografava a menina e, em seguida, enviava as fotos para o homem.
A polícia mineira chegou até a mulher depois que uma equipe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), de Contagem cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de um homem, de 47 anos, suspeito de armazenar pornografia infantil.
Na residência dele, foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, nos quais foram encontrados fotos e vídeos com esse tipo de conteúdo, bem como conversas em aplicativos de mensagens em que o suspeito pedia para uma mulher, com quem tinha um relacionamento, fotos da filha dela nua.
O suspeito foi preso em flagrante em 11 de janeiro e ele já está no sistema prisional. Foi a partir dessa prisão que a Polícia Civil identificou a mulher, de 33 anos, contra a qual foi expedido o mandado de busca e apreensão. O Conselho Tutelar do Espírito Santo acompanha o caso.
Denúncia e prisão
A Polícia Civil mineira chegou a esse homem depois de receber uma denúncia de uma organização não governamental dos EUA. A prisão do homem foi feita pela delegada Melina Isabel Silva Clemente.
“Nos Estados Unidos, existe uma lei que obriga os provedores de internet a reportarem qualquer tipo de suspeita de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes. O provedor informou à ONG que havia material armazenado vinculado a um servidor localizado em Contagem. E a organização passou a notícia para a Polícia Federal, que nos acionou”, disse ela, na ocasião.
A delegada diz ainda que as fotos que foram enviadas dos EUA, em sua grande maioria, são de bebês de colo. Já na casa do investigado foram encontradas fotos pornográficas de crianças e adolescentes. Inclusive, na residência, foi apreendida uma certa quantidade de roupas novas de bebê. O suspeito não soube explicar. Tentou se safar dizendo que seria para doação.