A estudante de direito da Faminas Melissa Faria foi impedida de entrar na faculdade acompanhada de sua filha de 11 meses. A jovem contou o caso nas redes sociais, e o relato acabou viralizando e recebendo apoio de outras mulheres.
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Quadrilha mineira é presa após aplicar 15 mil golpes com falsos anúnciosCidade decreta situação de emergência pela 3ª vez em 1 ano após enchenteExcesso de peso em rodovia mineira rende R$ 1 milhão de multa a empresa“É com um nó na garganta e o sentimento de impotência que eu volto para casa, na chuva, com minha filha de 11 meses que não pôde me acompanhar na sala de aula da faculdade”, conta.
De acordo com Melissa, a coordenadora do curso disse para ela que “a faculdade não é lugar para crianças”, pois é uma instituição de ensino superior.
“Pois bem, eu argumentei que eu não tenho com quem deixar minha filha, e que não conheço alguém de confiança na cidade que possa cuidar dela, e por isso, precisaria levar ela hoje comigo para não faltar a aula”, disse.
“Pois bem, eu argumentei que eu não tenho com quem deixar minha filha, e que não conheço alguém de confiança na cidade que possa cuidar dela, e por isso, precisaria levar ela hoje comigo para não faltar a aula”, disse.
Segundo a estudante, mesmo escutando seu relato, a coordenadora negou que ela assistisse a aula do lado da filha.
“Estou trabalhando para a sociedade ao criar uma pessoa. Valorizar as mães é garantir direitos. O acesso à educação deveria ser central. Dizem que a educação combate a desigualdade, mas estão praticando a desigualdade”, relata. “Doeu ouvir da coordenadora que como não tenho com quem deixar, e por estudar a noite e não ter creche disponível, terei que ‘repensar’. Repensar o quê? Com outras palavras, esquece! Se você é mãe e amamenta e não tem uma rede de apoio, esqueça de estudar, aqui não cabe”, continuou.
Confira:
Outro lado
O relato acabou viralizando nas redes sociais e foi compartilhado por diversos estudantes da Faminas. Os alunos cobraram um posicionamento da faculdade que, após toda a confusão, liberou uma nota nas redes sociais.
“Há 18 anos, a Faminas tem como alicerce valores pautados na formação de indivíduos críticos, com excelência técnica e capazes de contribuir, através do seu trabalho, com a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e ética. Isso só é possível porque a Instituição tem, como princípios, o respeito à dignidade humana, à diversidade e à inclusão”, diz o texto.
Segundo a faculdade, a notícia do que havia sido feito e dito com Melissa foi recebida com muita “surpresa e indignação”.
No texto, a Universidade esclarece 5 fatos. São eles:
- A Faminas não compactua com tal posicionamento. Isso não faz parte das nossas diretrizes;
- Não existe uma normativa interna que impeça as mães de trazerem seus filhos para a Faculdade;
- Não existe uma normativa interna que impeça a vinda das crianças à Faminas;
- Estamos tomando as medidas necessárias para que este tipo de situação não se repita na instituição;
- A Faminas se solidariza com a dor da estudante e está em contato direto para que a situação seja solucionada, da melhor maneira possível.
A Faminas ainda pede desculpas a estudante e diz que o erro não será mais cometido pela faculdade.