Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (10/2), o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, confirmou que o pico da infecção pela COVID-19 em Minas Gerais, resultado da chegada da variante ômicron, já passou. Agora, os próximos passos são garantir a cobertura vacinal para toda a população e acompanhar a evolução do coronavírus para ver se a doença vai se tornar sazonal.
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“O pico de infecção no estado de Minas passou. Esse pico estava projetado para os dias 1º e 2 de fevereiro, o que foi confirmado com a maior média móvel, e já estamos caindo, descendo a curva. O estado é grande e, obviamente, algumas regiões não estão descendo. Estamos descendo a curva como esperado e observado em outros países”, disse Baccheretti em coletiva transmitida pela internet nesta manhã. Entre os exemplos das regiões com casos em queda estão a Central, Triângulo e Sul.
Segundo o boletim divulgado hoje, Minas registrou 128 mortes e 26.306 casos da doença em 24 horas.
"Estão caindo os casos, começando a cair pacientes esperando internação e daqui a duas semanas começam a cair os óbitos. Estamos com 42% dos leitos ocupados. A expectativa é que a ocupação caia a partir da semana que vem. A estratégia de manter os leitos fez com que Minas Gerais tivesse uma onda de ômicron menos grave", destacou o secretário.
Segundo o boletim divulgado hoje, Minas registrou 128 mortes e 26.306 casos da doença em 24 horas.
"Estão caindo os casos, começando a cair pacientes esperando internação e daqui a duas semanas começam a cair os óbitos. Estamos com 42% dos leitos ocupados. A expectativa é que a ocupação caia a partir da semana que vem. A estratégia de manter os leitos fez com que Minas Gerais tivesse uma onda de ômicron menos grave", destacou o secretário.
Questionado sobre o que deve acontecer mais adiante, ele é cauteloso. “É tudo muito novo. A todo momento que a gente pensa que entendeu a pandemia, vem uma coisa diferente. Mas, observando especialmente outros países que já passaram por esse momento antes, a expectativa é de que a gente tenha sim alguns aumentos sazonais, pontuais de casos, mas parecidos com a Influenza. Quando vierem as doenças sazonais, o coronavírus é mais um vírus, mas sem precisar que a gente faça ações específicas em relação à COVID. Nossa expectativa, que é o que alguns países europeus já vem falando, ainda é cedo para cravar isso como verdade, é que nós iremos conviver com o vírus e fazer muito mais ações coletivas e comuns a alguns vírus, e não atuar exclusivamente para a COVID. Em alguns momentos, como no outono e inverno, a gente tenha alguns aumentos pontuais”, detalhou.
Ele também explicou os critérios para que a COVID-19 passe de uma doença pandêmica para endêmica.
“Ainda é cedo para a gente falar que é uma endemia, há uma expectativa que sim. Os indicadores mais importantes para a gente ter essa certeza é primeiro a vacinação. Temos que garantir a vacinação, o reforço da população, a vacinação infantil, para ter certeza de que a população está protegida. E o que vai nos dar mais tranquilidade é se ele realmente acompanhar os demais vírus respiratórios, ou seja, aumentar com a sazonalidade. Ter um aumento pontual durante o ano, geralmente em março e abril. No momento em que o vírus tem um comportamento normal como qualquer outro vírus respiratório, poderemos cravar que ele é um vírus endêmico.”
“Ainda é cedo para a gente falar que é uma endemia, há uma expectativa que sim. Os indicadores mais importantes para a gente ter essa certeza é primeiro a vacinação. Temos que garantir a vacinação, o reforço da população, a vacinação infantil, para ter certeza de que a população está protegida. E o que vai nos dar mais tranquilidade é se ele realmente acompanhar os demais vírus respiratórios, ou seja, aumentar com a sazonalidade. Ter um aumento pontual durante o ano, geralmente em março e abril. No momento em que o vírus tem um comportamento normal como qualquer outro vírus respiratório, poderemos cravar que ele é um vírus endêmico.”
Mas o secretário é otimista e diz que os cenários dos últimos meses não devem se repetir em Minas Gerais.
“Nós estamos saindo de um pico neste momento de doenças respiratórias. Dificilmente teremos picos relacionados à COVID porque boa parte já pegou esse vírus, e a maior parte dela está vacinada. Viver o que vivenciamos ano passado e agora em janeiro é muito pouco provável. O pior já passou em relação a internações e óbitos ano passado e o pior já passou em relação ao número de pessoas que pegaram o vírus no início deste ano”, ressaltou.
“Nós estamos saindo de um pico neste momento de doenças respiratórias. Dificilmente teremos picos relacionados à COVID porque boa parte já pegou esse vírus, e a maior parte dela está vacinada. Viver o que vivenciamos ano passado e agora em janeiro é muito pouco provável. O pior já passou em relação a internações e óbitos ano passado e o pior já passou em relação ao número de pessoas que pegaram o vírus no início deste ano”, ressaltou.
Subvariante BA.2
Nas últimas semanas, têm se falado sobre o aumento dos casos da subvariante BA.2 da ômicron, que parecer ser mais transmissível que as anteriores. No Brasil, já foram registrados casos em São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Até o momento, não há dados sugerindo que ela seja mais grave que as outras que já circulam.
Baccheretti comentou a questão na coletiva. “A BA.2 é uma variante da ômicron. Quando a gente vai para a África do Sul, hoje praticamente 100% dos casos são dessa variante, e não mudou o comportamento da doença no país. O país não está aumentando de novo os casos. Ou seja, em termos gerais não há uma expectativa de piora de curva da pandemia em relação a essa variante. Ainda não há nenhum caso em Minas Gerais. Mas, a gente não percebe que isso vá mudar a expectativa de queda de casos”, afirmou o titular da Saúde.
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