Exposição a chuvas, frio, calor, radiação solar e altos níveis de lama, o que facilita a penetração de bactérias pelas partes mucosas. Esse foi o cenário identificado após trabalho técnico veterinário onde vivem cerca de 1.050 cabeças de gado - alguns com risco de morrer - na zona rural de Uberaba, no Triângulo Mineiro. A Polícia Militar Ambiental classificou a prática como maus-tratos e conduziu a proprietária do sítio à delegacia nessa quarta (9/2).
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Brumadinho: roupas e sapatos sujos de lama são apreendidos em Loja Zema Mulher flagra larvas em carne comprada de supermercado e será indenizadaMenina de 10 anos é baleada durante cultoOperação descobre fraude no nascimento de 12 mil cabeças de gado em MinasPolícia recupera carga com 50 sacas de café roubadas em ManhuaçuRota para a praia, pela BR-262, recebe desvio improvisado após 17 diasA atividade desenvolvida, segundo a PM, impede e dificulta a regeneração de florestas e demais formas de vegetação em 0,8 hectares de área de preservação permanente (margens do córrego dos Linos e do rio Uberaba), um hectare de reserva legal e 2,5 hectares de área comum.
A proprietária foi multada em R$ 2.385 e se comprometeu a prestar auxílio médico veterinário imediato a 40 bovinos que, devido aos maus-tratos, correm risco de morte. Tendo em vista a dificuldade na logística para o transporte e acondicionamento, os animais ficaram sob custódia da autuada.
Magros, com doenças e estressados
De acordo com o registro policial, após a realização dos trabalhos técnicos de uma médica veterinária, juntamente com um auxiliar, foi constatado que o ambiente que os animais estavam inseridos é inadequado, já que apresenta níveis preocupantes de lama, o que propicia a aparição de doenças.
Também foram detectados animais com baixo escore corporal, claudicação severa (quando o animal não possui circulação sanguínea suficiente nos membros de locomoção), hiperplasia interdigital (enfermidade que acomete o espaço entre os dígitos dos bovinos, com proliferação de tecido) e cochos secos.
Os animais estavam expostos a chuvas, frio, calor e sol, o que situação de estresse em vários deles. Diante de todo esse cenário, o laudo do médico veterinário apontou o crime de maus-tratos contra os animais.
Desdobramento de denúncia
Na última quinta-feira (3/2), a PM Ambiental já havia recebido a denúncia de maus-tratos no local. Segundo o registro policial, feito naquela data, haviam sido constatadas aproximadamente 1.000 cabeças de gados confinados em pasto de terra molhada e pastosa, mas com alimentos e água.
Desta forma, o gerente do sítio teria que apresentar a documentação ambiental da propriedade nesta semana, quando seria efetuada nova fiscalização, sendo que desta vez acompanhada de médico veterinário que verificaria a real situação da saúde dos animais.