Por que lotes de vacina contra a COVID-19 que chega à Superintendência Regional de Saúde (SRS) Triângulo Sul, após envio do estado, não são repassados aos seus 27 municípios no mesmo dia?
A Regional de Saúde respondeu este questionamento à reportagem, entre outros relacionados a como funciona toda a logística, a partir da chegada de uma nova remessa de vacina, em sua sede, em Uberaba, até antes da sua divisão e distribuição para todas as cidades.
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Ao receber um lote de vacinas contra COVID-19, a Regional de Saúde deve seguir alguns procedimentos de segurança e conferência.
Primeiro, notas de fornecimento de material (NFM) são conferidas juntamente com as caixas térmicas recebidas, observando o termômetro de cada caixa e registrando temperatura de recebimento (máxima e mínima).
Em seguida, é feita a conferência de cada imunobiológico recebido.
“O procedimento requer dupla conferência de acordo com descrição na NFM e, se houver divergências, uma recontagem deve ser feita”, destacou a Regional de Saúde, por meio de nota.
O próximo passo é armazenar os imunizantes nas câmaras frias, sendo que se recomenda que a identificação do lote esteja visível e que se deixe espaços entre as caixas para melhor circulação de ar. As caixas devem ser agrupadas por composição e lote.
Além disso, as câmaras refrigeradas, ainda conforme a SRS Triângulo Sul, são identificadas com etiqueta externa que facilitam a retirada e que informem aos municípios a data de retirada, horários de agendamento, tipos de vacina e quantidades enviadas.
Faturamento e separação
Nesta etapa, as informações constantes no Sistema de Informação de Insumos Estratégicos em Saúde (Sies) são conferidas com as vacinas e diluentes recebidos. Após a conferência, os dados são inseridos no Sies e a NFM é emitida.
A seguir as faturas são impressas e inicia-se a organização para separação.
Então é realizada a separação do quantitativo para cada município, de acordo com o laboratório e lotes descritos na fatura.
Ao final desta etapa, as embalagens são acondicionadas em ordem alfabética nas câmaras refrigeradas.
Distribuição
Antes de explicar sobre a distribuição, a SRS Triângulo Sul destacou que, diariamente, é feita a conferência de temperatura das câmaras frias, com registro no mapa e ambientação das bobinas de gelo que serão utilizadas nas caixas térmicas dos municípios.
“Assim que os representantes dos municípios chegam, a caixa térmica é recebida e é verificada a presença das bobinas e se são suficientes para a dispensação dos imunobiológicos”, complementou a nota da Regional de Saúde.
Depois disto, as vias das faturas são entregues ao responsável pelo município e sua assinatura é solicitada.
Então, a caixa térmica para transporte do lote da vacina é preparada com as bobinas ambientadas a 0ºC, no fundo e nas laterais.
O sensor do termômetro deve posicionado no centro da caixa térmica, monitorando a temperatura que pode atingir até o mínimo de +1°C, certificando a adequada climatização.
Em seguida, as caixas são lacradas com fita adesiva, sendo que neste momento a temperatura é conferida e o termômetro reiniciado.
“A entrega é feita aos representantes dos municípios juntamente com as faturas assinadas e orientações sobre cuidados no transporte”, finalizou nota da Regional de Saúde, ao explicar sobre o processo de distribuição de lotes da vacina contra COVID aos municípios.
Período de envio das doses aos municípios é variado
A reportagem questionou ainda sobre quanto tempo um lote da vacina, a partir do momento em que chega no aeroporto de Uberaba, já está pronto para a sua liberação aos municípios.
Segundo a SRS Triângulo Sul, o tempo gasto da chegada dos imunizantes à liberação é variável, pois há dependência de fatores externos e alguns procedimentos de segurança, como: recontagem em caso de divergência, por exemplo, que podem demandar mais prazo.
Em Uberaba, recentemente, aconteceu de precisar pausar por dias a sua vacinação devido à certa demora da entrega de novo lote da vacina.