As chuvas voltaram a assustar os moradores da Colônia Santa Isabel, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com as preciptações de sexta para sábado, o Rio Paraopeba subiu aproximadamente três metros. No curso do rio, a Colônia Santa Isabel costuma ser a primeira atingida com o impacto das cheias. Desde a primeira quinzena de janeiro, as famílias sofrem com os alagamentos.
A Defesa Civil de Betim monitora a região desde o dia 10 de fevereiro, quando foi verificada a cheia no curso d'água. "A cheia do Paraopeba impede que o córrego Bandeirinhas deságue e, com isso, causa área de inundação em alguns pontos", afirma o superintendente de Defesa Civil de Betim, tenente-coronel Walfrido Lopes.
A área mais atingida é a Rua da Pedreira, onde 16 casas e 12 famílias residem. "Desde o dia 10, estamos monitorando e orientando os moradores a deixarem os imóveis até que o período chuvoso passe", informou.
Para as famílias, está sendo ofertado o auxílio habitacional, no valor de R$ 600, transporte para mobiliário e equipe para ajudar na mudança. No momento, porém, a situação está sob controle. "Embora o Rio Paraopeba tenha subido e o córrego Bandeirinhas apresente volume maior, percebemos que os moradores não estão em risco iminente. Existe probabilidade caso as chuvas retornem com mais intensidade."
No entanto, de acordo com as previsões meteorológicas, o volume de chuva nos próximos dias será menor. "Não teremos grandes danos na região", acredita o tenente-coronel.
A assessoria de imprensa da prefeitura de Betim confirmou que nenhum morador precisou ser retirado das casas até o momento. Segundo a assessoria de imprensa, as famílias foram orientadas a deixarem as residências desde quinta-feia (10/2).
A rua fica próxima à confluência do Rio Paraopeba e o Rio Bandeirinhas, e quando chove costuma ser a primeira a inundar. A Defesa Civil está no local fazendo vistoria.
Chuvas trazem estragos à Colônia
O tenente-coronel lembrou que, no dia 7 de janeiro, as chuvas atingiram o município, causando áreas de inundação em diversos pontos da cidade. Uma das regiões mais atingidas foi o Citrolândia, onde fica localizada a Colônia Santa Izabel. "Naquele local, tivemos um grande volume de lama e aparentemente de rejeitos que vieram da cidade de Brumadinho em virtude do rompimento da barragem da Vale."
O tenente-coronel destaca que a lama será analisada para saber se está contaminada com rejeitos da mineração. Quando deu uma estiagem, foi iniciada a limpeza da área. A Secretaria de Habitação fez a relocação das famílias que não conseguiram retornar para os imóveis, com o auxílio habitacional.
Nos dias 11 e 12 de janeiro, os moradores da Colônia Santa Izabel ainda sofriam com os estragos das chuvas. Na ocasião, carros ficaram submersos, casas foram invadidas pela água e as famílias ficaram desalojadas. Muitos moradores tiveram que ser retirados das residências e foram alojados temporariamente na Associação Comunitária da Colônia Santa Izabel.
Na época, a prefeitura de Betim decretou situação de emergência e as atividades não essenciais chegaram a ser suspensas.