Um homem foi preso suspeito de matar um comerciante em Três Pontas, no Sul de Minas. Uma dívida de R$ 200 mil seria motivo do crime. A vítima e o suspeito tinham uma relação comercial. O valor emprestado à vítima teria como garantia imóveis avaliados em R$ 1 milhão.
De acordo com a Polícia Civil, o homem de 37 anos foi preso em casa no centro de Três Pontas, na manhã desta segunda-feira (14/02). Ele é o suspeito de matar Duilian Ramon de Lima, de 28 anos. O corpo dele foi encontrado na última terça-feira (8/2) na zona rural da cidade.
Duilian estava com as mãos amarradas e pedras amarradas pelo corpo. A Perícia da Polícia Civil constatou dois ferimentos de arma de fogo na cabeça e nas costas. No dia em que o corpo foi encontrado, três homens foram presos e um menor apreendido. Eles prestaram depoimento e foram liberados por falta de provas.
“Logo depois do crime, alguns suspeitos apareceram, trabalhamos com várias linhas de investigação. Com o cruzamento de imagens e informações, fomos eliminando algumas linhas, até chegar ao alvo que prendemos hoje. Sábado (12/02) demandamos ao juiz plantonista os mandados de prisão e buscas em três locais ligados ao autor”, diz o delegado Gustavo Gomes.
Policias Militares e Civis fizeram buscas no imóvel do suspeito, que foi levado para a Delegacia de Três Pontas. “Responderá preso, pelo menos na investigação, por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver”, diz.
Segundo o delegado a vítima e o suspeito tinham uma relação de trabalho. Uma dívida de R$ 200 mil seria motivo do crime. O valor emprestado à vítima teria como garantia imóveis avaliados em R$ 1 milhão.
“A motivação, a gente acredita que foi em função de uma dívida, fruto de agiotagem em relação à vítima. Valores altos, garantias e transferência de imóveis. Isso pode sim ter motivado o crime. A vítima pegou um empréstimo, possivelmente de agiotagem com o autor, e além de comprar produtos, porque o autor vende produtos do Paraguai, que foram apreendidos”, ressalta.
O delegado informou que as investigações continuam. “O inquérito ainda segue, temos mais dez dias para concluir e tem algumas arestas que precisam ser eliminadas. O local da execução é uma das arestas que precisam ser fechadas. Temos certeza do desembarque da vítima no carro do autor e o circuito todo até chegar ao local. No dia estava chovendo muito, pode ser que a execução tenha acontecido lá ou em outro lugar”, comenta.