Minas recupera mais um de seus tesouros desaparecidos: desta vez, a imagem de Nossa Senhora do Rosário, de Itaguara, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), de 1910. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpriu nesta quarta-feira,16, mandado de busca e apreensão, em São Paulo (SP), para a recuperação de bens culturais que estavam sendo comercializados pela internet.
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Os trabalhos foram conduzidos pela equipe da Coordenadoria de Patrimônio Cultural (CPPC), em conjunto com o Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais (Nucrim), órgão ligado ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), e a Promotoria de Justiça de Itaguara.
Investigação
A operação foi deflagrada para a apreensão de todas as peças sacras que estivessem na posse do investigado, em especial 17 itens anunciados para venda em um grupo virtual criado na plataforma Facebook.
A investigação foi iniciada pelo MPMG a partir de informações encaminhadas pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Itaguara, bem como pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que enviaram fotos da imagem de Nossa Senhora do Rosário e das demais peças contempladas pelo anúncio, relatando que a peça estaria cadastrada no banco de dados de bens desaparecidos.
Em nota, o MPMG informou que, em seguida, foi realizado minucioso trabalho de investigação pela equipe técnica da CPPC, que concluiu que uma das peças seria a imagem furtada da Capela do Pará dos Vilelas, em Itaguara, em junho de 1996.
A peça sacra já havia sido furtada em 1980, em conjunto com outras imagens do acervo da capela, mas foi devolvida no ano seguinte. Contudo, em 29 de junho de 1996, a imagem de Nossa Senhora do Rosário foi novamente furtada no mesmo local.
Por se tratar de bem de culto coletivo pertencente ao patrimônio cultural da Igreja Católica, o MPMG efetuou a busca e apreensão da obra. No local foram identificadas outras 16 peças sacras, que foram imediatamente vistoriadas pela equipe técnica do MPMG, para verificação da procedência.
Além disso, foram realizados registros fotográficos e descritivos de todos os outros bens que estavam no local, para posterior análise da procedência.
Após a análise técnica na sede da Coordenadoria de Patrimônio Cultural, em Belo Horizonte, as peças sacras recolhidas serão restituídas aos locais de origem.