Minas Gerais registrou aumento de 80% nas mortes por pneumonia na comparação com o mesmo período do ano passado. A constatação é do Sindicato dos Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado de Minas Gerais (Recivil).
Segundo o levantamento, em janeiro de 2022, os cartórios do estado registraram 2.517 vítimas da infecção contra 1.405 em janeiro de 2021. Em 2020, antes da pandemia, a doença respiratória fez 1.634 vítimas.
Os óbitos por COVID-19, por sua vez, sofreram redução de 62% no mesmo intervalo.
Os dados também apontam o primeiro mês deste ano como o mais mortal da série histórica, iniciada em 2003. Foram 16.504 mineiros mortos, um aumento de 6,7% em relação a janeiro de 2021, com 15.455 mortos. Em janeiro de 2020, antes da epidemia, houve 14.949 perdas.
Doenças crônicas e violência
Ainda de acordo com o relatório, houve também crescimento de mortes por doenças do coração, tais como: AVC (+20%), infarto ( 11%) e causas cardiovasculares inespecíficas (30%).
Outro destaque é a alta da mortalidade por septicemia ( 23%), síndrome respiratória aguda grave (SRAG) ( 39%) e causa indeterminada ( 18%).
A violência também recrudesceu em Minas nos últimos 30 dias. Conforme o Recivil, as mortes por causas violentas – aquelas em razão de homicídios, acidentes de veículos, suicídio, entre outras correlatas– aumentaram 15%. Em janeiro de 2021, os óbitos desta modalidade chegaram a recuar 50% frente a janeiro de 2020, um possível efeito do isolamento social imposto à época, em que o país enfrentava o auge da pandemia.
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