Duas iguanas chegaram nesta sexta-feira (18/2) a Governador Valadares, no interior de Minas, dentro de uma caixa de papelão despachada pelo Sedex nos Correios da cidade de Suzano, SP. A encomenda tornou-se incomum quando a coordenação de segurança corporativa dos Correios notou que o conteúdo da caixa se mexia muito.
A caixa passou pelo Raio-X e o mistério foi desvendado. Havia dois répteis dentro da embalagem. A Polícia Civil de Minas Gerais foi comunicada e os policiais do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), de Belo Horizonte, acionaram a inspetoria de investigadores em Governador Valadares.
A Polícia Civil acompanhou todas as etapas desenvolvidas pelos Correios para a entrega da encomenda. No momento em que o destinatário estava recebendo, os policiais civis o abordaram e solicitaram que ele abrisse a caixa. E viram que os répteis eram dois filhotes de iguana.
Os animais foram apreendidos, e o homem que recebeu a encomenda, um médico veterinário de 30 anos de idade, foi encaminhado à delegacia, onde foi lavrado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) com base no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais. Ouvido pela autoridade policial, o médico veterinário disse que havia comprado as iguanas, pela internet, para a sua família.
O artigo 29 da Lei de Crimes ambientais determina uma pena de detenção de seis meses a 1 ano, para quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.
A Polícia Civil encaminhou as iguanas à Polícia Ambiental, que vai providenciar a destinação correta dos animais.