Jornal Estado de Minas

TRÂNSITO

Manifestação de servidores da segurança pública para a Praça Sete

 
Policiais e bombeiros que participam da manifestação por reajuste salarial nesta segunda-feira (21/2) em Belo Horizonte se concentram na Praça Sete, onde tomaram todos os espaços e cobram a recomposição, atiram bombas e disparam foguetes. 





A categoria recebeu apoio dos comerciantes e do público que circula pelo Centro. Motoboys empurram suas motos dentro dos quarteirões fechados da praça para poder seguir. Carros estão sendo desviados pela PM de trânsito. Organizadores dizem que há 30 mil pessoas na manifestação.  Alguns manifestantes foram vistos usando armas durante o protesto. 

O ponto de encontro do protesto foi a Praça da Estação, também no Centro. Da Praça Sete, eles devem seguir pela Avenida Amazonas, Avenida Álvares Cabral, Rua Rodrigues Caldas, até a Praça da Assembleia.

Entenda

Em 2020, o governador enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 1.451/20, que fazia recomposição de 41%, dividida em três parcelas, sendo 13% em julho de 2020, 12% em setembro de 2021 e 12% em setembro de 2022.





“Nesses últimos dias nós parlamentares e as entidades de classe temos tentado de todas as formas sensibilizar o governo, mas a paciência acabou. Sempre a mesma ladainha. Mesma chorumela. Dizem que precisam aderir ao regime de recuperação fiscal para poder dar a recomposição. Acabou paciência. Chega. Ou dão o reajuste prometido ou a segurança publica vai dar uma resposta à altura. Se não negociar a polícia vai parar”, disse o deputado estadual Sargento Rodrigues (PTB) na manifestação.

Mais cedo, em entrevista à rádio Itatiaia, o secretário-geral de Governo, Mateus Simões, disse que o estado tenta estudar alternativas para solucionar o problema do reajuste. “A gente reconhece que houve uma perda do poder de compra dos servidores como um todo, dos policiais especialmente, que não tiveram recomposição durante o mandato do último governador (Fernando Pimentel - PT). Mas, infelizmente, a questão não é o reconhecimento desse direito, é a falta de condições do estado diante das liminares do STF (Supremo Tribunal Federal) de conceder esse reajuste agora. Nós estamos atrás de alternativas. É absolutamente legítima a manifestação que vai acontecer hoje e este é um problema que tem tirado o sono de todos aqueles que fazem parte da cúpula do governo. Nós estamos buscando alternativas para entender como promover a recomposição da perda inflacionária, especialmente desse último ano em que a inflação foi muito severa”, disse. 

O que diz o governo de Minas

 

Por meio de nota enviada no fim da manhã desta segunda-feira, o governo do estado diz que o plano de recuperação fiscal, que é discutido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deve permitir uma nova recomposição no salário dos servidores. Confira o posicionamento na íntegra abaixo: 


“Desde o início da gestão atual, o Governo de Minas vem equilibrando as contas e recuperando a capacidade financeira do Estado, o que permitiu realizar o pagamento dos salários dos servidores públicos de Minas Gerais de forma integral, no quinto dia útil do mês, além da quitação do 13º salário sem parcelamentos.






O Governo de Minas sabe da necessidade da recomposição salarial do funcionalismo público e tem feito todo o esforço para que a correção da inflação seja possível para todos os servidores estaduais. A atual gestão reconhece a importância dos profissionais das Forças da Segurança para o Estado. Por isso, eles receberam reajuste de 13% em 2020. Além disso, foram os primeiros profissionais a receberem o salário em dia. Continuamos em amplo processo de negociação com os representantes dessas categorias na busca de uma nova recomposição, porque sabemos que ela é necessária.


A renegociação da dívida bilionária com a União, por meio do plano de recuperação fiscal, permitirá uma nova recomposição dos salários dos profissionais de segurança. Continuamos em busca de outras alternativas para fazer a reposição das perdas inflacionárias.”