Incêndios, desabamentos, acidentes, afogamentos e muitas outras situações trágicas fazem parte do dia a dia de missões de risco dos bombeiros. Por outro lado, histórias gratificantes também desafiam aquele que é o “amigo certo nas horas incertas”.
Foi o que ocorreu em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, onde a corporação foi chamada para capturar uma arara-azul, ameaçada de extinção e presente em biomas como o Cerrado e a Mata Atlântica. Inicialmente, a ave estava em uma árvore próxima a um quintal de uma casa no bairro Satélite Andradina.
Com receio de que outros animais a machucassem, um morador logo pediu ajuda ao Corpo de Bombeiros. Até que os militares chegassem à casa, o solicitante teve o cuidado para colocá-la momentaneamente dentro de um banheiro.
Com o uso de técnicas especiais, o bombeiros fizeram o resgate seguro da arara. O animal foi levado a uma clínica veterinária para exames e, em seguida, será cedido ao Ibama, que a devolverá à natureza.
Desde 2001, a responsabilidade de fazer o monitoramento populacional da espécie é do Centro Nacional de Pesquisas e Conservação de Aves Silvestres (Cemave). O acompanhamento é feito por meio de censos simultâneos nos dois principais dormitórios conhecidos utilizados pelas araras, a partir de métodos padronizados.
A espécie vem se recuperando nos últimos anos, graças às ações do seu programa de conservação. A primeira arara-azul foi encontrada no Brasil na década de 1970, na Bahia.