Gomes informou que, ainda nesta terça-feira, vai levar os dois filhotes da espécie rara para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) de Montes Claros, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e que funciona na unidade regional do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renoveis (Ibama) na cidade. Dentrro de algum tempo, os animais serão devolvidos à natureza.
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O gato-do-mato (cujo nome científico é Leopardus tigrinus) foi incluído na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) como espécie ameaçada de extinção. Encontrada em praticamente todos os biomas brasileiros, a espécie é ameaçada, sobretudo, pelo desmatamento.
Pouco maior que um gato doméstico, o gato-do-mato pesa entre 1,5 e 3,5 quilos e mede entre 38 e 55 centímetros de comprimento, com cauda de 22 a 42 centímetros. O macho é um pouco maior que a fêmea. Ele é o menor dos gatos malhados da América do Sul.
De acordo com o ambientalista Eduardo Gomes, os filhotes de felino vão permanecer por algum tempo no CETAS/IEF instalado na unidade do Ibama em Montes Claros, onde vão receber alimentação e tratamento adequado.
"Após avaliação por um profissional veterinário sobre as condições de autonomia dos animais sem a presença da mãe, eles deverão ser devolvidos à natureza em uma área de reserva ambiental", afirmou Gomes.
COBRANÇA DE CETAS DEFINITIVO
O ambientalista Eduardo Gomes cobra do IEF a instalação em definitivo de um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) na área do antigo Zoológico de Montes Claros, anexo ao Parque Municipal Milton Prates. Segundo Gomes, há mais de 10 anos que foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público do Meio Ambiente para a implantação do CETAS no antigo zoológico.
Mas, até hoje, a obra não saiu do papel. "Enquanto isso, o Centro de Triagem de Animais Silvestres está funcionando provisoriamente em um espaço do Ibama, de forma precária", reclama Gomes.