Sem feriado, poucos foliões vão às ruas de BH na segunda-feira de carnaval
Em várias regiões da cidade houve movimento de público e pessoas fantasiadas, mas festa estava tímida
Por
Ana Mendonça
Maria Irenilda Pereira
28/02/2022 17:31 - Atualizado em 28/02/2022 19:56
Alguns foliões animados e de folga até resolveram dar o ar da graça e improvisar a festa nesta segunda-feira (28/2) de carnaval em Belo Horizonte, mas a folia nas ruas da capital foi tímida.
A equipe de reportagem do Estado de Minas percorreu regiões da cidade para registrar o movimento. Na Praça Gabriel Passos, no Bairro Concórdia, na Região Nordeste, um pequeno grupo de pessoas se concentrou para curtir a festa.
De acordo com Claudia Campos, de 40 anos, Belo Horizonte está resgatando a alma do Carnaval.
Claudia Campos, 40 anos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
“Este ano eu estou achando que a comemoração está sendo elitista. As pessoas que resistem vão para rua e fazem a festa da forma que podem”, avaliou.
Claudia conta que estava com saudades da folia. “É importante resgatar essa alma”, disse.
A vendedora de brincos Tati Naldi, 39 anos, disse que a venda está melhorando com as comemorações de carnaval espontâneas. “A festa acaba ajudando nas vendas”, afirmou.
Vendedora de brincos Tati Naldi, 39 anos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Tati tem a própria confecção e vende as bijuterias que apoiam o movimento feminista. Cada peça custa R$ 8.
No Bairro Pompeia, na Região Leste de BH, Stephane Carmo, 27 anos, e Ana Tereza, 26 anos, contaram que vieram para a capital mineira para poder “fugir” do Carnaval de rua.
Stephane Carmo, 27 anos, e Ana Tereza, 26 anos (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
“Viemos aqui para poder sair da confusão. Aqui é a melhor escolha para quem está evitando aglomeração”, conta Stephane, que mora em São Paulo. “Como aqui eu conheço tudo, preferi passar aqui. Mas não saímos os outros dias, hoje foi o primeiro”, completou.
No bairro Santa Teresa, a praça entre as ruas Conselheiro Rocha e Alvinópolis abrigou alguns foliões, mas nada que se compare aos carnavais pré-2021.
"Chapeuzinho Vermelho Protegida" era dos poucos foliões que usavam máscara no Santa Tereza (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press) Mesmo com o ambiente “morno”, o folião William Alvarenga tinha um motivo especial para tentar se divertir, já que esta segunda-feira (28/2) foi o único dia do Carnaval em que ele não precisou trabalhar. Com a fantasia “Chapeuzinho Vermelho Protegido”, William era dos poucos que vestiam máscara.
Escadaria do Edifício Sulacap, no Centro de BH (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press) No Centro de Belo Horizonte, a escadaria do Edifício Sulacap também concentrava pessoas que confraternizavam nos bares da região, como o bar Sula.