O prefeito Alexandre Kalil (PSD) esteve na manhã desta terça-feira (1°) de carnaval no Bairro Conjunto Paulo VI, Região Nordeste de Belo Horizonte, para entregar a na Horta Coqueiro Verde, do projeto “Movimento Gentileza”. A área, que anteriormente era ocupada por um aterro sanitário, agora está cercada de árvores frutíferas, hortaliças e flores para a comunidade desfrutar do espaço.
Esta foi a última de cinco entregas previstas pelo projeto Agroflorestas e Hortas Urbanas, e também foram entregues melhorias de infraestrutura e novos equipamentos de proteção e manejo para potencializar o trabalho das agricultoras e agricultores urbanos.
De acordo com o prefeito, este projeto é “uma lição de modernidade”. “Junto da comunidade, a ação social, o Movimento Gentileza faz esse elo. O povo existe, esse povo faz parte da nossa comunidade, isso aqui é gente que precisa de ajuda que precisa de apoio. Governo de empresários, governo de milionários, isso aí não vai resolver. O que precisamos é de ajudar quem precisa, isso aqui é mais um pequeno ato em uma área muito sensível, de gente boa de gente que trabalha. Vamos continuar governando para pessoas”, ressalta Kalil.
A primeira-dama, Ana Laender, diretora e idealizadora do projeto, comemora a entrega de mais uma horta para a comunidade. “Eu fico mais feliz que eles porque é uma transformação muito grande quando a gente vê o antes e o resultado do trabalho. Não é fácil, a gente lida com várias pessoas e várias famílias. Então entrar em um acordo em uma comunidade é uma coisa complicada. É um trabalho que a gente faz com muito carinho”, destaca.
Ela explica: “A gente começou idealizando uma melhoria de espaço de trabalho deles, receberam esse contêiner, essa horta e mais três, em contrapartida ambiental, através da Secretaria de Meio Ambiente e não tinha nenhuma estrutura no entorno. Essa cobertura, a telha ecológica, o eucalipto tratado, o espaço de convivência para almoçar, cozinhar. Antes eles faziam fogareiros improvisados e desenvolvemos um projeto todo direcionado para a melhora do espaço de trabalho. Então a gente veio com essa proposta de um fogão, de uma pia, de uma área para manuseio dos produtos, das hortaliças, para venda e para alimentação.”
De acordo com a primeira-dama, o trabalho foi desenvolvido durante quatro meses. “Fomos agregando quiosques individuais, todos eles receberam com a telha ecológica, como o material adequado. E os kits de trabalho, chapéu adequado para proteção do sol, uma cesta para transporte dessas hortaliças, um avental para proteção, luva e galocha. O kit foi o final, foi a cereja do bolo de um trabalho que a gente desenvolveu ao longo de quatro meses aqui dentro da horta”, conta.
Todo o financiamento deste projeto vem de um patrocinador privado, que preferiu não ser identificado. Ela destaca que qualquer pessoa que tenha interesse em ajudar tanto financeiramente como trabalho voluntário pode procurar o Movimento Gentileza nas redes sociais.
Por fim, ela frisou: “Assim como o prefeito comentou, as pessoas têm necessidade, gostam e precisam ser ouvidas. Então não é só o material, elas querem ser ouvidas até para receber um "não". Então é muito importante a presença, o aconchego e o amparo das pessoas. Todo mundo gosta de ser ouvido e faz muita falta.”
O projeto
As ações começaram em janeiro de 2021, quando a prefeitura de BH recebeu quatro contêiners, disponibilizados para o município como forma de compensação ambiental, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, para serem utilizados como pontos de apoio aos trabalhadores de unidades produtivas coletivas-comunitárias.
As estruturas, que possuem espaço para almoxarifado e banheiro, ganharam, por meio do Movimento Gentileza, uma varanda coberta construída com pilares de eucalipto e telhas ecológicas, equipada com pia e bancada para manejo, fogão à lenha, mesas e bancos que irão contribuir para uma melhor estrutura de apoio e descanso, e também para a produção e distribuição de alimentos saudáveis.
BH tem hoje 43 unidades produtivas de agricultura urbana, entre Agroflorestas e Hortas, voltadas para a produção de alimentos saudáveis, geração de renda e o desenvolvimento local sustentável. Ao todo, são mais de 91 mil m² de área cultivada e mais de 300 agricultores cadastrados para a atividade.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.