A cada dia que passa mais e mais notícias de decisões tomadas pelas varas criminais, não só em Minas, mas em todo o país, surpreendem. É o caso da decisão tomada nesta quarta-feira (02/03), em que o juiz Marcelo Augusto Lucas Pereira, da primeira instância da Central de Flagrantes de Belo Horizonte.
Ele determinou que Daniel Leão, de 24 anos, o motorista que dirigia uma BMW e atropelou e matou a manicure Cássia Gomes, de 35 anos, no último dia 28 de fevereiro, na Avenida Raja Gabaglia, responda ao processo penal em liberdade.
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Polícia Civil prende homem de 30 anos, acusado de matar idoso em MG Professor Anis José Leão morre aos 91 anos em Belo HorizonteEm fúria, homem destrói loja de celulares em JF e faz ameaça de morteHomem é socorrido inconsciente após cair de paraquedasPreso suspeito de latrocínio em Cooperativa de Cafeicultores no Sul de MGApesar da decisão, ele segue preso, no Ceresp Gameleira, pois somente depois do pagamento da fiança poderá ser solto.
A família da manicure se mostra revoltada com a situação. Um irmão da vítima critica e cobra justiça. Pietro considera a decisão uma afronta e diz que a decisão caracteriza o caso como impunidade ao motorista que matou sua irmã." "Não posso concordar com que uma pessoa que tenha cometido um crime brutal, matando minha irmã, seja solto, e ainda por cima, com uma quantia irrisória. A mentira está sendo sustentada e mantida. É um absurdo", diz.
O atropelamento O acidente ocorreu na última semana, quando a manicure saia de uma festa e estava na Avenida Raja Gabaglia, na altura do Bairro Santa Lúcia, Zona Sul de BH, quando foi colhida pela BMW.
O motorista fugiu do local do acidente, sem prestar socorro. Cássia, a vítima, estaria em companhia de uma amiga, quando ocorreu o atropelamento. Teve morte imediata e o óbito foi constatado no local, pelos médicos do Samu.
O motorista, que é advogado, antes de ser identificado como autor do atropelamento, se dirigiu para uma base da PM, na Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, contando uma história que não convenceu os militares, a de que teria brigado com um flanelinha.
Ao investigarem a versão, os policiais descobriram que ela era falsa, principalmente porque as marcas encontradas no veículo eram compatíveis com as do acidente ocorrido em um atropelamento, justamente o da Raja Gabaglia. O advogado foi submetido a um teste de bafômetro, que apontou a embriaguez, com resultado de 0,56mg/l. O advogado foi detido e levado ao Detran.