Um ônibus foi incendiado no fim da madrugada desta sexta-feira (4/3) no Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar (PM), os criminosos deixaram uma carta.
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De acordo com fonte do Estado de Minas, os presos reivindicam o retorno das visitas normais e da entrada de advogados na unidade, que tiveram mudanças apos a deflagração de movimento paredista por parte dos servidores da área de segurança do estado (policiais militares, penais e civis).
De acordo com fonte do Estado de Minas, os presos reivindicam o retorno das visitas normais e da entrada de advogados na unidade, que tiveram mudanças apos a deflagração de movimento paredista por parte dos servidores da área de segurança do estado (policiais militares, penais e civis).
O Corpo de Bombeiros foi chamado para apagar o incêndio. Foram gastos 4 mil litros de água. O ônibus queimado estava perto de um poste e três famílias da região ficaram sem energia elétrica.
Uma das casas afetadas é a de Rosana Gomes, de 57 anos. Após sentir um forte cheiro de borracha, ela saiu para ver o que estava acontecendo e foi surpreendida pelo ônibus em chamas. “Quando os bombeiros chegaram, já estava uma carcaça. A coisa foi feia. As pessoas estão sem luz, ninguém sabe que horas vai chegar. Foi muito grande o susto, porque tinha muita fumaça mesmo. Eu achei que ia invadir a minha casa. Comecei a fechar as portas”, contou. (Com informações de Luiz Ribeiro)
Setra divulga nota
O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) divulgou uma nota à imprensa nesta manhã lamentando a perda do veículo da linha 2151. “A entidade destaca que, além da perda material e financeira das empresas, os maiores prejudicados com esse tipo de ação criminosa são os passageiros. O seguro de frota contratado não cobre este tipo de prejuízo, pois foi causado por ato de vandalismo criminoso”, diz o texto.
Ainda na nota, o sindicato voltou a reclamar do contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte para operação na cidade, citando a crise das empresas do sistema, e disse que a reposição do ônibus exigiria um investimento de mais de R$ 600 mil. O SetraBH também diz que, na semana passada, notificou os órgãos de segurança pública e a Guarda Civil Municipal para que “que garantissem a segurança dos usuários e a integridade dos ativos utilizados no serviço público de transporte de passageiros de BH”, durante o movimento de greve dos servidores.
O que diz a Sejusp
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que “o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) tem conhecimento e acompanha os desdobramentos da ocorrência, que será investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais. O Depen-MG aguarda a finalização das investigações que poderá apontar se, de fato, a ação tem correspondência direta com o sistema prisional”.