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Estado de Minas CENTRO-OESTE DE MINAS

Divinópolis: liberação do uso de máscaras em locais abertos divide opiniões

Equipamento de proteção foi dispensado nesta sexta-feira (4/3) na esteira de decisão da Prefeitura de Belo Horizonte


04/03/2022 19:53 - atualizado 04/03/2022 19:59

Vista de Divinópolis
O uso de máscara passou a ser facultativo nesta sexta-feira (4/3) em Divinópolis (foto: Divulgação/Prefeitura de Divinópolis)
A liberação do uso de máscaras de proteção contra a COVID-19 em locais abertos, em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas, está dividindo opiniões, embora já fosse comum encontrar quem tivesse abandonado o hábito de utilizá-las pelas ruas, praças ou na prática da atividade física ao ar livre. O decreto dispensando a obrigatoriedade foi publicado nesta sexta-feira (3/4), na esteira da decisão da Prefeitura de Belo Horizonte.

Embora a medida já tenha validade a partir de hoje, pelas ruas algumas pessoas ainda não abriram mão, mesmo sendo minoria. É o caso da estudante Hellen Pinheiro. “Acho que os governantes deveriam manter o papel de cobrar o uso das máscaras, mesmo que a população não respeite tanto por que ainda estamos em uma pandemia e não dá para deixar apenas para a consciência do pessoal”, opina.
 
Hellen Pinheiro
Para Hellen Pinheiro ainda não é hora de abandonar a máscara (foto: Marcelo Lopes/Portal Gerais)
 
Para o metalúrgico Ely Carvalho, que faz caminhada pela praça do Santuário, no centro da cidade, a obrigatoriedade deve ser apenas para locais com grande aglomeração. “Cada um tem o seu pensamento. Eu, por exemplo, em ônibus, supermercado, em locais de muita aglomeração eu uso porque é obrigatório. Em locais abertos, como trabalho em siderúrgica, a respiração fica meio curta, fica difícil”, avalia.
Com a máscara abaixada, o metalúrgico Ely Carvalho
Com a máscara abaixada, o metalúrgico Ely Carvalho diz usar apenas em locais com aglomeração (foto: Marcelo Lopes/Portal Gerais)

Divinópolis está com 94,38% do público alvo com mais de 12 anos imunizado com as duas doses ou dose única da vacina contra a COVID-19. Foram aplicadas 81.369 doses reforço, o que representa, 45,9% de quem completou o ciclo com duas doses.


Repercussão na saúde


A decisão do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) não agradou quem atua na área de saúde, embora ele tenha argumentado que se amparou em indicadores da Vigilância Sanitária. 

Um dos primeiros a se posicionar contra foi o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Warlon Elias. “Sou uma pessoa que vive de eventos. Sofri muito nesta pandemia e eu queria muito que a coisa tivesse acabado, mas não acabou. Tanto é que, você vê secretário de Saúde se manifestando para o governo federal prorrogar os incentivos aos leitos, aí vêm decretos assim em algumas cidades. Nós, conselheiros, ficamos de mãos atadas e com a população que entende a necessidade da prevenção nos pressionando. A busca por likes, a busca por votos, ela não pode sobrepor à saúde”, declara.

Após atingir média diária 226 confirmações em janeiro deste ano – a maior de toda a pandemia, o número caiu para 112 no mês passado em Divinópolis, segundo o Painel de Monitoramento da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) desta sexta-feira (4/3). Ainda assim, é o segundo maior índice registrado desde o início da contabilização.


“Bom senso”


Para a infectologista e ex-membro do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 Rosângela Guedes os indicadores da cidade não permitem a flexibilização. “Gostaria muito de entender porque Divinópolis, agora, tem uso opcional de máscaras em locais abertos”, afirmou ao listar os últimos dados da COVID-19.

Para se ter ideia, segundo levantamento realizado por ele, de 18 de fevereiro até o dia 3 de março foram 2.804 casos notificados, 223 confirmados em 226 exames realizados. A taxa de incidência é de 94,09 casos por 100 mil habitantes. “Ainda não é hora de deixarmos as máscaras. Que o bom senso prevaleça”, finaliza.


Opcional


O uso da máscara passa a ser opcional, recomendando o distanciamento e a adoção das demais medidas de proteção individual. A obrigatoriedade continua caso o indivíduo apresente sintomas de síndrome gripal ou manifestação de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

“A Prefeitura reforça que, mesmo com o uso de máscaras em locais abertos deixando de ser obrigatório, é preciso que a população continue mantendo todos os cuidados contra a COVID-19, como o uso de álcool em gel, lavar as mãos com água e sabão, além de continuar com o uso das máscaras em locais fechados.”, orientou ao divulgar a dispensa da máscara.

*Amanda Quintiliano e Marcelo Lopes especial para o EM


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