Em menos de 24 horas, dois ônibus são incendiados em Belo Horizonte, com o mesmo modus operandi. O segundo caso ocorreu na noite dessa sexta-feira (4/3), no Bairro Jardim dos Comerciários, Região Oeste de BH, quando um homem entrou no coletivo da linha 627 (Venda Nova/Mantiqueira) e entregou uma carta ao motorista, dizendo que ele deveria encaminhá-la à polícia. O primeiro incêndio ocorreu no Bairro Vista Alegre, na madrugada do mesmo dia.
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A carta deixada pelo suspeito, assim como a do ataque anterior, se referia à proibição de visitas em presídios da Grande BH, por causa do protesto de agentes penitenciários, que reivindicam recomposição salarial.
Ao arrancar o veículo após receber a carta, o motorista relata que o homem jogou querosene sobre ele e o ameaçou de morte, mandando que parasse imediatamente.
O motorista gritou para que os cerca de 15 passageiros desembarcassem. Ele foi o último a descer do ônibus. Em seguida, o homem jogou querosene no interior do veículo, ateou fogo e fugiu.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram chamados. O fogo atingiu a rede elétrica e danificou os portões de duas casas e o telhado de uma delas.
A frente de uma das casas, de uma mulher de 44 anos, ficou praticamente destruída, com danos no relógio da Cemig, portão eletrônico, caixa de correio, janelas, pinturas, telhado colonial, cabos, campainha, câmeras de segurança, cremalheira, motor do portão e estrutura do muro. O parachoque dianteiro do carro da vítima, que estava na garagem da residência, derreteu.
O primeiro caso
Na madrugada de sexta-feira, por volta de 5h15, um ônibus da linha 2151 foi incendiado por homens armados, na avenida Padre José Maurício, esquina com a rua Ildeu Moreira, no Bairro Vista Alegre, Região Oeste de Belo Horizonte.
O motorista contou que dois homens armados invadiram o coletivo, jogaram gasolina e atearam fogo. Antes de fugir eles deixaram uma carta.
Conforme a PM, a testemunha disse que a carta tem reivindicações de direitos para detentos da Penitenciária de Francisco Sá, no Norte de Minas.
De acordo com fonte do Estado de Minas, os presos reivindicam o retorno das visitas normais e da entrada de advogados na unidade, que tiveram mudanças apos a deflagração de movimento paredista por parte dos servidores da área de segurança do estado (policiais militares, penais e civis).
O prejuízo estimado, em cada um dos casos é de R$ 600 mil, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH).
Setra divulga nota
“A entidade destaca que, além da perda material e financeira das empresas, os maiores prejudicados com esse tipo de ação criminosa são os passageiros. O seguro de frota contratado não cobre este tipo de prejuízo, pois foi causado por ato de vandalismo criminoso”, diz o texto.
O que diz a Sejusp